A maioria das pequenas empresas mineiras pretende investir em 2024

Mais da metade das pequenas empresas mineiras querem expandir, aprimorar ou investir em alguma área neste ano. Porém, o percentual desse grupo, que hoje é de 54%, sinaliza um estado de atenção, já que indica queda em relação aos anos de 2022 e 2023, que somavam 65% e 57%, respectivamente.
Os dados são da pesquisa “Expectativas de Investimentos em 2024 dos Pequenos Negócios de Minas Gerais”, realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas). No levantamento, constatou-se ainda outra queda, desta vez em relação à expectativa de investimentos de microempreendedores individuais (MEIs): 51% esperam expandir ou investir em 2024, número também menor do que em 2023 (59%) e 2022 (62%).
Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, alguns fatores específicos podem estar contribuindo para essa retração, incluindo incertezas na economia.
“A tendência decrescente nas expectativas de crescimento ou investimento por parte dos pequenos negócios pode sugerir uma variedade de fatores, tais como um ambiente de negócios desafiador, mudanças no mercado que podem afetar as decisões de investimentos ou maior incerteza econômica”, argumenta.
O setor industrial foi o único com cenário relativamente otimista, já que 64% afirmaram desejo de investimentos em diferentes áreas neste ano. Em 2022, os índices eram de 69%, que caíram para 60% no ano passado.
O comércio, por outro lado, recuou com 51%, contra 54% e 67% em 2023 e 2022. Os índices foram os menores da história desde quando a pesquisa começou a ser realizada.
Áreas com maiores interesses de investimento
- Produtos/serviços: 67%
- Comercial/marketing: 57%
- Tecnologia: 32%
- Estratégia: 31%
- Finanças: 24%
- Logística: 23%
- Recursos humanos: 13%
Os dados apontam desejo de novos investimentos por parte das empresas mineiras na oferta de produtos e serviços, além de uma crescente demanda em relação às atividades voltadas para comercial e marketing. Um dos motivos para o resultado, segundo o levantamento, é a necessidade dos negócios se adequarem às transformações digitais e a novas tendências.
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