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Petrobras forma uma joint venture com a Total

São Paulo – A Petrobras anunciou acordo para a criação de uma joint venture junto à francesa Total que buscará desenvolver uma carteira de projetos de energia solar e eólica onshore no Brasil com até 500 megawatts em capacidade em um horizonte de cinco anos, informou a estatal em comunicado na sexta-feira (21).

O movimento acontece em meio à celebração de novos acordos em uma parceria já selada anteriormente entre as duas empresas, que envolveram também a cessão à francesa pela estatal brasileira de 10% no campo de Lapa, no Bloco BM-S-9, no qual a Total já havia adquirido antes uma fatia de 35%.

Essa nova fase da parceria envolverá ainda o pagamento à Petrobras pela Total de um valor adicional de US$ 50 milhões, sem considerar ajustes devidos quando do fechamento da transação.

“Petrobras e Total reafirmam a importância da continuidade dos estudos sobre novas frentes de investimento em conjunto, reforçando a cooperação tecnológica existente entre as duas companhias. Além disso, continuarão buscando o desenvolvimento de novas oportunidades no segmento de gás e energia, incluindo o de energia térmica”, acrescentou a Petrobras.

A joint venture para energia renovável criada pelas petroleiras terá uma participação de 49% da Petrobras e de 51% da Total Eren, empresa coligada da Total. As empresas já haviam assinado um memorando de entendimento sobre essa parceria em julho.

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Projetos de desinvestimentos são suspensos

“O referido acordo tem natureza vinculante pelo qual as partes se comprometem a negociar os documentos necessários para a formalização da joint venture. A celebração desse acordo é mais um passo na estratégia da Petrobras em desenvolver negócios de alto valor em energia renovável, com parceiros globais”, disse a Petrobras no comunicado.

A petroleira esclareceu ainda que a venda de sua fatia restante no campo de Lapa à Total envolvida nos anúncios desta sexta-feira não é afetada por uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que levou a companhia a suspender o anúncio de novas oportunidades de desinvestimento em ativos de exploração e produção.

“A referida decisão não se aplica à cessão de participação no Campo de Lapa, visto que os contratos foram firmados em 28 de fevereiro de 2017 com base na legislação vigente à época”, afirmou.

A Petrobras disse entender que a decisão não afeta processos de cessão de direitos de exploração e produção iniciados antes de maio de 2018. (Reuters)

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