Planta da Ambev na RMBH é carbono neutro

O setor industrial tem um grande peso nas políticas de redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE), com vistas à descarbonização da economia e ao enfrentamento às mudanças climáticas e aos consequentes eventos climáticos extremos.

Dentro desse esforço, a Ambev acaba de neutralizar as emissões de carbono em mais três de suas unidades: A Arosuco Aromas, em Manaus (AM), a Refrigerantes Curitibana, em Almirante Tamandaré (PR), e a Cervejaria Minas Gerais, em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Juntas, elas deixarão de emitir, por ano, mais de 4.800 toneladas de gases de efeito estufa comparado com 2017. A unidade mineira é responsável por 77,7% desse total, ou seja, 3.729 toneladas de gases de efeito estufa anuais, comparado com 2017.

De acordo com a diretora de Meio Ambiente e Energia da Ambev, a Renata Van Der Weken, nos últimos cinco anos, a companhia investiu mais de R$ 130 milhões em tecnologia sustentável e limpa em suas operações, como parte de um plano macro, com frentes voltadas para a ação climática, gestão de água, agricultura inteligente e embalagem circular.

Nas unidades os processos industriais foram aperfeiçoados, incluindo, por exemplo, instalação de motores e equipamentos de mais alta eficiência e recuperação térmica para reúso de energia e otimização de modulação de programação para melhores cenários de eficiência de consumo.

“Estamos terminando o primeiro semestre de 2022 com mais da metade da nossa meta para este ano cumprida. Nossa agenda ESG é integrada em toda a companhia. Todo o nosso time, de sustentabilidade e suprimentos a operações, atua de maneira integrada, desde o estudo das tecnologias à sua implementação – que inclui o treinamento de toda a equipe para operação das novas tecnologias, a padronização dos processos via manuais, procedimentos operacionais e planos de manutenção dos novos equipamentos”, afirma Renata Van Der Weken.

No ano passado, a Ambev anunciou a sua primeira grande cervejaria e maltaria carbono neutro no Sul do Brasil. Neste ano, a companhia seguiu a sua jornada de descarbonização e neutralizou as emissões de carbono na unidade de Agudos, no interior de São Paulo, e na unidade de Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro.

Jornada

A jornada rumo a uma economia de baixo carbono da companhia começou há mais de 20 anos e ruma para obter a neutralidade em carbono nos escopo 1 –  diz respeito às emissões diretas de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela organização -; escopo 2 – emissões indiretas de GEE provenientes da aquisição de energia elétrica que é consumida pela organização; e escopo 3 – refere-se a todas as emissões pelas quais a empresa é indiretamente responsável, tanto a montante como a jusante da sua cadeia de valor.

Nessa empreitada, Minas Gerais tem papel importante. “A fábrica de Juatuba e as outras operações que temos em Minas Gerais fazem parte dessa jornada. Seguimos trabalhando intensamente para alcançar esse objetivo, investindo em tecnologia e inovação, com foco na otimização de processos produtivos, eficiência de consumo, recuperação térmica para reuso de energia, modernização de equipamentos etc. Assim, avançarmos em um caminho cada vez mais assertivo. Nossa jornada de economia de baixo carbono nas operações teve início há quase 20 anos, com foco na redução de consumo de energia elétrica e vapor. Nossas frentes de eficiência energética iniciaram com a medição setorizada para identificar as principais fontes de consumo e, assim, começamos a otimizar balanços energéticos e processos, além de introduzir novas tecnologias, cada vez mais eficientes. Desde 2003, já reduzimos 63% das nossas emissões dos escopos 1 e 2. Só nos últimos quatro anos, conseguimos reduzir 49% do volume em toneladas de CO2 liberado em nossas operações”, completa a diretora de Meio Ambiente e Energia da Ambev.