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Plataforma de ensino O Salto foge do tradicional

Plataforma de ensino O Salto foge do tradicional
Startup Linha & Pedra foi criada em 2018 pelos publicitários Pedro Laborne e Aline Layoun | Crédito: Gui Tichauer

Entre os inúmeros desafios impostos pela pandemia de Covid-19, o da educação a distância talvez seja o mais complexo e duradouro, uma vez que conta com limitações próprias da área e ainda não tem perspectiva de deixar de ser o único meio de levar conhecimento a alunos de todo o País. É neste contexto que empresas têm revolucionado o mercado de audiovisual, desenvolvendo métodos criativos e aulas remotas que mantenham os alunos literalmente conectados.

É este também o caso da empresa mineira de comunicação audiovisual Linha & Pedra, que mesmo antes da pandemia ecoar, criou o projeto O Salto – uma plataforma de ensino que foge do tradicional. A proposta é entregar os conteúdos do ensino pré-vestibular em séries e temporadas. A startup foi criada em 2018 pelos publicitários Aline Layoun e Pedro Laborne, que, já naquela época, perceberam uma carência do Ensino a Distância (EAD) brasileiro, a partir da falta de videoaulas atrativas o suficiente para reter a atenção e o interesse dos alunos.

Foi então que começaram a desenvolver um conteúdo próprio, com aulas roteirizadas, linguagem atual e consciência social. Quem conta é a sócia Aline Layoun. “Criamos nosso canal no youtube e, aos poucos, fomos consolidando o projeto, desenvolvendo conteúdos completos, montamos nossa produtora e conseguimos lançar nossa primeira série de redação. Hoje estamos com mais de 60 mil inscritos no canal e algumas centenas de cursos on-line vendidos”, comenta.

Segundo ela, com um mercado potencial de R$ 5 bilhões, o projeto foca em cursos de redação para o Enem. “Nem sempre o ensino remoto tem a cara do seu público-alvo. No formato tradicional, em que um professor aparece no vídeo escrevendo em uma lousa as aulas, muitas vezes se tornam cansativas e entediantes. Prender a atenção do estudante é o principal desafio neste modelo. Percebemos essa lacuna quando resolvemos criar O Salto. Por isso, acreditamos que estamos no lugar certo, na hora certa: fazendo conteúdo com entretenimento, fazendo as aulas viciarem. A cada episódio publicado, o público pede mais e mais”, garante.

E como a empresa acabou de receber investimento do grupo ALF Participações, fundo de venture capital, vai poder ampliar o negócio nos próximos meses, bem como colocar em prática outros projetos educacionais. A ideia é criar novas temporadas de ensino, com novas disciplinas para além da redação.

“Acreditamos que abrangendo mais disciplinas, teremos um alcance ainda maior. Além disso, conseguiremos levar conteúdo e ensino de qualidade a mais pessoas”, aposta.

Para o outro sócio, Pedro Laborne, o diferencial do negócio está justamente na apresentação do conteúdo. “A nossa didática se baseia muito na produção audiovisual, que é o DNA da empresa. Temos o cuidado de utilizar todos os recursos audiovisuais disponíveis para que a experiência do aluno seja de imersão. Por isso, criamos aulas dinâmicas, com animação, roteiro, storytelling e tudo o que o estudante tem direito”, ressaltou.

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