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Plataforma Ice Play reduz custos da escola em 25%

Plataforma Ice Play reduz custos da escola em 25%
Crédito: Gil Leonardi/Imprensa MG

As novidades impostas pelo Novo Ensino Médio, baseadas no ensino das chamadas habilidades do futuro (future skills) já devem ser implantadas pelas escolas do Brasil este ano. O prazo para adaptação chegou ao fim justo quando o sistema escolar ainda padece gravemente dos efeitos da crise econômica deflagrada pela pandemia. Assistindo uma evasão escolar sem precedentes e altos índices de inadimplência e renegociação daqueles que ficaram, o sistema particular busca alternativas.

Uma possibilidade é terceirizar essa parte do conteúdo. Em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Ice Play promete colocar esses conteúdos à disposição dos alunos por meio de um dispositivo móvel ou computador, com acompanhamento pedagógico e, de quebra, reduzir os custos da escola em 25%.

Segundo o fundador da Ice Play, Gabriel Gonçalves, a plataforma, que começou no ano passado com um investimento de R$ 150 mil, já alcançou 1.200 alunos de 12 escolas, entre únicas e de redes como do Colégio M2 e do Sistema Promove de Ensino. Com os negócios em ampla expansão, a Ice Play acaba de chegar às instituições de ensino dos estados de Goiás, do Espírito Santo e também no Distrito Federal. Os convênios são homologados pela Secretaria de Educação de cada estado.

“As escolas não tiveram muita opção diante desse cenário. Existem algumas dificuldades muito grandes para quase todas: o ambiente físico limitado, a falta de professores qualificados e entender o que os alunos querem. O novo modelo exige que 60% do tempo seja dedicado às matérias tradicionais e os outros 40% às novas habilidades, porém como isso vai ser ofertado é decidido por cada escola. Então a nossa solução oferece cursos que vão além de simplesmente uma aula gravada.  Buscamos, além do conteúdo, uma linguagem que faça sentido e engaje essa geração”, explica Gonçalves.

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Estão disponíveis 10 cursos que os alunos podem fazer de casa, com duração de 35 horas cada. No 1º semestre de 2022 são ofertados os cursos “Novas Mídias: Podcast + Cinema + YouTube”, “Brain: Aprendizagem Acelerada”, “Money: Educação Financeira”, “We Program I: Programação de Websites”, “Solta o Verbo: Comunicação e Oratória”. E no 2º semestre: “Marketing Digital: Empreendedorismo Digital”, “We Program II: Introdução à Programação”, “O Futuro da Medicina”, “República: Cidadania e Política”, “Profissões do Futuro: Habilidades para o Sucesso”.

“É interessante notar que, embora exista um grande apelo pela tecnologia, os alunos estão muito interessados nos cursos de oratória e educação financeira, por exemplo. Esses são conhecimentos sobre os quais eles notaram a importância durante a pandemia e agora na volta ao convívio social”, pontua.

A avaliação dos alunos é feita pela equipe Ice Play, com supervisão da escola em reuniões semanais com entrega de dados e resultados. Cada aula dos cursos termina com um teste imediato relacionado ao tema que mede a atenção do estudante. E, assim como nas disciplinas tradicionais, os alunos devem entregar trabalhos valendo pontos e que vão definir a nota no curso no fim do semestre.

A meta para o fim de 2022 é chegar a 50 escolas espalhadas pelo Brasil. Para um futuro um pouco mais distante, abrir novas verticais de negócios. Sem dar muitos detalhes, o empresário admite a venda de cursos livres para alunos do ensino público.

“Desejamos muito trabalhar com as escolas públicas, mas esse é um processo lento e difícil. A venda de cursos para os alunos está sendo estudada e vamos encontrar um melhor modelo que privilegie o acesso desses estudantes”, completa o fundador da Ice Play.

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