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Popularização dos tokens é mais um passo para a economia virtual

O token, palavra em inglês que significa ficha ou símbolo, é a representação digital de um ativo físico no todo ou em partes | Crédito AdobeStock
País é um dos precursores do processo

A digitalização das relações e da economia, incrivelmente impulsionada durante a pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2022, foi um passo fundamental para que a economia virtual ganhasse espaço e repercussão fora dos nichos ligados à tecnologia, apresentando ao mundo a chamada economia dos tokens ou economia tokenizada.

O token, palavra em inglês que significa ficha ou símbolo, é a representação digital de um ativo físico no todo ou em partes. A tokenização no mercado financeiro é a capacidade de transformar qualquer ativo em uma versão digital que pode ser negociada de forma fracionada.

A ideia de representação de um ativo ou suas partes não é nova, a diferença é que a tokenização prevê um ambiente seguro para que as transações sejam realizadas. No mundo virtual esse lugar é uma tecnologia chamada blockchain. Ela coleta as informações em blocos que são entrelaçados entre si, permitindo que tudo fique registrado de forma segura e imutável. Toda transação realizada fica registrada para sempre, sem a possibilidade de adulteração. 

O potencial da tokenização faz brilhar os olhos de economistas, empreendedores e gestores públicos. Levantamento realizado pelo Citi revela que a tokenização de ativos para investimento deve movimentar US$ 4 trilhões até 2030. Já o Banco de Compensações Internacionais (BIS), que reúne bancos centrais pelo mundo, considera que o processo de tokenização pode melhorar a eficiência e mitigar os riscos nos sistemas de pagamento globais.

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De acordo com o professor de Economia no Ibmec do Rio de Janeiro Gilberto Braga, o uso dos tokens é uma tendência mundial e o Brasil é um dos precursores da economia virtual.

“Isso tem a ver com o nosso setor financeiro ser considerado um dos mais avançados do mundo. O Pix, que se tornou popular muito rapidamente, é uma demonstração disso. Outro instrumento interessante é o open finance. Mediante autorização do cliente, as informações financeiras são compartilhadas em uma carteira digital, gerando uma posição consolidada de todos os produtos financeiros daquela pessoa. Compartilhadas, essas informações podem gerar melhores condições de negociação, aproveitando o score de cada um. O Brasil já exporta esse tipo de tecnologia”, afirma Braga.

Homem de pé com as mãos sobre as pernas
Professor de Economia Gilberto Braga | Crédito Ibmec

Tokens são divididos em duas classes na economia virtual

São duas classes de tokens: os fungíveis e os não fungíveis. Os primeiros são aqueles que podem ser replicáveis e multiplicados, com características semelhantes entre si. Um token do real como moeda, por exemplo, seria fungível. Já os tokens não fungíveis, também conhecidos pela sigla em inglês NFT (Non Fungible Token), são únicos e irreplicáveis. Eles funcionam como um certificado digital de propriedade que qualquer um pode ver e confirmar a autenticidade, mas ninguém pode alterar. Por essa característica, são mais utilizados para comercializar obras de arte na economia digital.

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