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Preocupação com a saúde mental deve ser prioridade

Governanças ambiental, social e de diversidade e inclusão também serão tendências
Preocupação com a saúde mental deve ser prioridade
Pires: empresas devem atuar fortemente na preparação de equipes de liderança | Crédito: Divulgação

O ano de 2023 vem sendo considerado pelas organizações como o ano pós-pandêmico, onde empresas e trabalhadores caminharão para um processo de adaptação às novas tendências do mercado de trabalho. Segundo o administrador e mestre em Gestão e Desenvolvimento, Jorge Pires, além do trabalho híbrido, formato estimulado pelo home office durante a pandemia, o conjunto de práticas que tem como objetivo definir uma empresa como consciente socialmente, sustentável e bem gerida (ESG) é a tendência para o meio corporativo a partir deste ano.

“Os acontecimentos dos últimos anos foram turbulentos e, após o cenário gerado pela pandemia da Covid-19, as áreas de gestão estratégica e de Recursos Humanos das empresas vêm trabalhando fortemente para encontrar novas práticas e formatos de trabalho que se adequem a novas realidades. Diante desse futuro do mercado de trabalho, as maiores preocupações das organizações devem estar prioritariamente ligadas à saúde mental e ao equilíbrio emocional dos trabalhadores e dos dependentes destes funcionários”, destaca o professor dos cursos de Gestão da Estácio.

As governanças com preocupações e iniciativas voltadas à preservação do meio ambiente, a questões sociais e à diversidade e à inclusão, temas que vêm sendo muito debatidos este ano nas corporações, devem se tornar tendência também para os próximos, segundo Jorge Pires.

“Entre exemplos de iniciativas que se tornarão tendência temos a busca por produção com menos recursos, a contribuição direta do funcionário em tudo o que envolve a cultura da organização, a gestão humanizada, o uso da transformação digital e questões de proteção à saúde ocupacional dos trabalhadores”, enumera o especialista.

Ele destaca que as empresas devem atuar fortemente na preparação de equipes de liderança e de todos os funcionários para o fortalecimento dos processos de diversidade e inclusão, especialmente sobre a presença feminina dentro das empresas.

“As empresas estão buscando ainda alcançar uma estrutura cada vez mais enxuta e responsabilizante, onde cada um tem seu peso de responsabilidade, porém podendo realmente fazer sua atividade com uma visão empreendedora. Além disso, a visão minimalista, que defende que é preciso muito pouco para ser feliz, a visão do ser e não do ter, tem mudado bastante o conceito no mercado de trabalho, fazendo com que as empresas sejam uma marca empreendedora que cresce de maneira sustentável e que apoia todos os movimentos que hoje fazem com que as pessoas se tornem integradas ao todo, onde ela entenda sua responsabilidade individualizada, mas ao mesmo tempo fazendo com que o ambiente cresça, o que automaticamente fará com que ela cresça também, respeitando suas limitações e valorizando suas virtudes”, diz o professor da Estácio, que atua também como gerente de RH de uma multinacional.

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