Mineira ‘Panda’ anuncia expansão de produções de eventos para São Paulo

Em franca expansão, o mercado de eventos no Brasil segue em recuperação após os desafios da pandemia, movimentando, no último ano, R$ 291 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape). Com os bons indicativos do mercado e resultados crescentes em Minas Gerais, a produtora Panda Inteligência em Eventos ampliará as atividades e abrirá um escritório em São Paulo – o primeiro fora do Estado.
Segundo o diretor de operações e marketing da Panda, Eduardo Zech Coelho, a partir da ampliação da carteira de clientes, a estimativa é que a produtora cresça 20% em faturamento ainda no próximo ano. Para 2030, as expectativas são ainda mais otimistas, com projeções de avanços que podem chegar a 100%.
Fundada por esportistas, a empresa que atendia inicialmente eventos voltados para esportes, encontrou no mundo corporativo uma crescente demanda e oportunidade para crescimento. Com a pandemia, os executivos transformaram um cenário aparentemente desafiador em uma nova vertente de negócios: a produção de eventos híbridos e 100% virtuais.
“Em 43 anos de atuação, sempre driblamos o desafio de nos reinventar em um mercado tão competitivo e, ao passar pela pandemia, não foi diferente. Desenvolvemos uma habilidade de fazer eventos virtuais em qualquer lugar do mundo e isso virou mais um serviço que prestamos”, detalha Coelho.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Segundo ele, a realização de eventos virtuais vai muito além do streaming, já que o maior desafio é reter a atenção dos participantes. A partir disso, a empresa criou mecanismos de interação via quiz, chat e estilos de palestras que consigam aproximar as pessoas dos eventos, mesmo que à distância.
Com o fim da pandemia, os modelos híbridos e presenciais ganharam maior notoriedade. Para cada cinco eventos, o que em 2022 eram de 100% híbridos, hoje correspondem a menos de 50%. “Com o formato híbrido, unimos o desejo das pessoas de retomarem ao modelo presencial e, ao mesmo tempo, conectamos com quem não consegue participar. Com isso, ampliamos em até cinco vezes o total de público participante nos eventos da produtora”, argumenta Coelho.
A médio prazo, atuação em São Paulo deverá atingir ou até superar faturamento em Minas Gerais
Após a consolidação dos modelos de negócio e da atuação em Minas Gerais, o executivo conta que realizou um sonho antigo da empresa de ampliar novos mercados, chegando à maior cidade da América Latina em termos de população. “Após desenharmos o projeto, conseguimos parceiros em São Paulo e temos uma expectativa de crescimento bem expressivo a curto prazo”, pontua Coelho.
A projeção, segundo ele, é que a médio prazo a atuação em São Paulo e região igual ou até supere o faturamento de Minas Gerais, que hoje está em torno de R$ 15 milhões por ano. “A ideia é que o estados mineiro e paulista concentrem carteiras e estilos de negócio distintos”, acrescenta.
Em Minas Gerais, a Panda tem como carro-chefe a indústria de base – como mineração e siderurgia – atendendo há mais de dez anos marcas como Vale, Anglo American e Usiminas. Já em São Paulo, a pretensão é de alcançar novos segmentos, como indústria automotiva e os setores de serviços e alimentício.
Para 2025, a produtora já projeta atender eventos de grande porte, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), onde um dos clientes protagonizará o evento, tanto em Minas Gerais, quanto em outros locais do País. Em São Paulo, a marca almeja participar da volta do Salão do Automóvel – um dos principais eventos do calendário automotivo brasileiro.
Apesar do desejo de ampliar ano a ano a atuação no mercado de São Paulo, Coelho reforça que independentemente desse crescimento, a empresa não deixará de lado as suas raízes. “Minas Gerais é o nosso berço e continuará a ser um estado relevante, com a mesma preocupação, especialmente na qualidade das entregas”, finaliza.
Ouça a rádio de Minas