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Programa de empreendedorismo vai capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade

Projeto quer fortalecer a presença feminina no mercado, e contribuir para a transformação de vidas
Programa de empreendedorismo vai capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade
Foto: Reprodução Adobe Stock

Com a missão de estimular o protagonismo feminino e incluir mães no mercado de trabalho como proprietárias de seu próprio negócio, o curso gratuito “Programa Mulheres Empreendedoras e Projeto Afeto – Eixo de Empoderamento”, busca capacitar mulheres, especialmente em situação de vulnerabilidade.

A capacitação conta com a participação de 60 mulheres e mães auxiliadas pelo Projeto Afeto da Fundação da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) e pelo Programa Educação e Trabalho (Pet).

A iniciativa acontecem ao longo de quatro meses e vai apresentar pilares importantes para o empreendedorismo como a abertura de um CNPJ, apresentação pessoal, inteligência emocional, planejamento financeiro e plano de negócio.

Segundo a pesquisa “Mulheres que Constroem o Varejo”, da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a maior parte das empresárias no País (72,6%) são mães, cerca de 33,8% tem entre 35 e 44 anos, 45,5% estão em união estável ou são casadas e apenas 44,6% concluíram o Ensino Médio. Contudo, 61% das mulheres que atuam no empreendedorismo não possuem um registro CNPJ, principalmente aquelas em situação de vulnerabilidade.

O presidente da Fundação CDL-BH, Vilson Mayrink, destacou os principais objetivos a serem cumpridos neste ano, com o programa. “Temos como meta formar, pelo menos, 30 mães em situação de vulnerabilidade e promover a formalização de 20 como microempreendedor individual”, afirmou.

De acordo com dados do estudo Rede Mulher Empreendedora (RME), cerca de 53% das empreendedoras no Brasil são mães que procuram horários mais flexíveis para conseguir relacionar suas tarefas profissionais com responsabilidades domésticas.

“Muitas escolhem empreender devido à escassez de oportunidades em cargos de liderança no mercado convencional. Investir no empreendedorismo feminino não só fortalece a autonomia e a independência financeira das mulheres, mas também contribui para mudanças de paradigmas sociais e econômicos”, conclui Mayrink.

A primeira aula do ciclo de capacitação começa nesta quinta-feira (25), às 18h, na sede da Fundação CDL-BH, localizada na avenida Amazonas, 311, 3° andar, no Centro de Belo Horizonte. A ação está integrada a Trilha Mulheres Empreendedoras do Programa Transforma Minha Empresa e também ao Sebrae Delas.

Microempreendedoras brasileiras

Segundo dados do Portal MEI, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 45,53% (mais de 7 milhões) dos Microempreendedores Individuais (MEI) no Brasil, são mulheres. As principais áreas de atuação são:

  • cabeleireiras
  • varejo de vestuários
  • promoção de vendas
  • tratamento de beleza
  • tarefas domésticas
  • gestão de documentos e serviços administrativos

“Em Minas Gerais o cenário é bem similar. São mais de 780 mil mulheres empreendedoras. Na capital mineira, temos mais de 130 mil. São números expressivos e que podem ser ainda mais fortes com a capacitação e o incentivo para que mais mulheres empreendam e possam transformar suas vidas”, afirmou o presidente do conselho deliberativo do Sebrae Minas e da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

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