Programação da 25ª edição da Casacor Minas segue até 13 de outubro

Aberta oficialmente no dia 3 de setembro, a 25ª edição da Casacor Minas vem atraindo milhares de visitantes ao Palácio das Mangabeiras, região Centro-Sul de Belo Horizonte, que até então só era utilizado como residência oficial dos governadores de Minas. A mostra foi responsável por abrir, pela primeira vez, o imóvel para visitação e este talvez seja um dos maiores méritos desta edição. Somado a este feito, está o trabalho de 94 profissionais das áreas de arquitetura, design de interiores e paisagismo, que investiram pesado na construção de 60 ambientes que têm encantado o público.
Dentro do Palácio, todos os cômodos foram mantidos com as suas funções originais, ou seja, todos os quartos se mantiveram como quartos, cozinhas, salas, lavabo e outros espaços seguiram esta mesma diretriz, possibilitando que o público possa conhecê-lo de acordo como foi criado. Obviamente, diversas melhorias foram realizadas, entre elas a retirada de itens que não faziam parte do projeto original, como pisos, toldos, armários e divisórias, acrescentados ao longo da história do palácio. Com a realização da Casacor, podemos dizer que o Palácio das Mangabeiras está sendo apresentado à população em sua melhor forma.
Já na parte externa, os amplos bosques e jardins convivem em perfeita harmonia com dezenas de projetos instalados como ambientes. Por conta da extensa área externa, esta é a edição da mostra com o maior número de paisagistas desde a chegada da Casacor em Minas. São 11 ao todo, com projetos bem variados, incluindo a restauração de uma parte do projeto original de Burle Marx, sob a responsabilidade da paisagista Nãna Guimarães.
O tema apresentado nesta edição é “Planeta Casa”. A ideia é fazer com que os frequentadores tenham a possibilidade de fazer uma reflexão sobre como a nossa relação com o mundo influencia o nosso jeito de morar. Sendo assim, a proposta é apresentar uma série de projetos que reflitam sobre como a casa deve absorver o estilo de vida de seus moradores. Atentos à questão da sustentabilidade, diversos ambientes da mostra foram inteiramente construídos a partir de técnicas capazes de reduzir a geração de resíduos, reduzindo consequentemente os custos de produção, além do ganho na agilidade deste processo construtivo. Seguindo este conceito, o bar, jardins e demais ambientes externos desta edição são pet friendly.
Cerca de 500 profissionais entre arquitetos, design de interiores, paisagistas, pedreiros, pintores, marceneiros, jardineiros e soldadores trabalharam diretamente na elaboração, construção e finalização dos ambientes. Só na parte de construção foram investidos aproximadamente R$ 10 milhões.
Preservação e patrimônio – O convênio de cooperação celebrado em junho entre o Estado e a Codemge destaca a importância da adequada manutenção e preservação do Palácio das Mangabeiras, que tem projeto inicial de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, com jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx. Além do evento, a proposta é que a Casacor continue promovendo uma série de benfeitorias, obras de infraestrutura, restauro, recuperação, manutenção e vigilância do espaço que está sendo ocupado por ela durante o período médio de seis meses ao ano, pelos próximos quatro anos.
Sustentabilidade – Encarregada pela gestão dos resíduos gerados na Casacor, a Aterra é a parceira sustentável da Casacor Minas e atende a todos os projetos desta edição. A empresa é responsável pela correta destinação de rejeitos de obra. Todo o material recolhido até o momento está sendo destinado a um aterro de resíduos da Construção Civil – Classe A, que tem como característica reutilizar ou reciclar os sedimentos condicionados.
De acordo com o diretor operacional da instituição, Bruno Giovannini, foram recolhidas até o momento 61 toneladas de resíduos, sendo 70% de entulhos/podas de árvores e plantas, 10% de papelão, 8% de metais e 12% de outros materiais. Esse volume de detritos representa 47% do total dos sedimentos retirados na mostra de 2018, quando foram coletados 13.000 kg de entulhos, 1.902 kg de papelão, 1.493 kg de metalon, 102 kg de plástico e 3.000 kg de entulho reaproveitado. A expectativa é de que até o final da mostra deste ano, quando ocorrerá a desmontagem de todos os ambientes, sejam recolhidas 200 toneladas de rejeitos. Os materiais de revestimentos de parede e pisos serão destinados a projetos sociais. (Da Redação)
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