Projeto Vai Turismo busca subsidiar políticas públicas para o setor

O projeto Vai Turismo – Rumo ao Futuro, iniciativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é um movimento nacional formado por pessoas e organizações que visa contribuir com propostas que impulsionem o setor de turismo, principalmente após o impacto da pandemia. O objetivo do Vai Turismo é integrar propostas e conectar instituições para recomendar políticas públicas que estimulem o desenvolvimento sustentável de destinos turísticos brasileiros.
Na quarta-feira (11), em Belo Horizonte, a cadeia produtiva do turismo se reuniu para conhecer melhor a proposta. De acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Nadim Donato, os dados levantados pelo Painel de Inteligência Competitiva do Turismo, dentro do Vai Turismo, servem para a tomada de decisão da cadeia produtiva do turismo e também para subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor.
“O painel, que é colaborativo, traz números para que os segmentos possam fazer o diagnóstico sobre o turismo que existe hoje e tomar decisões sobre o que é melhor para a cadeia produtiva naquele local. O importante é que todos usem o painel e também colaborem, compartilhando seus dados. Assim, teremos decisões mais eficientes”, explica Donato.
O Vai Turismo acontece no âmbito do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC (Cetur/CNC). Criado em 1955, o Conselho promove o relacionamento da Confederação com gestores públicos, empresários, acadêmicos e pesquisadores para a discussão sobre as características e tendências da atividade turística, incentivando o debate e a elaboração de estudos sobre os problemas e oportunidades relativos ao setor, apontando soluções e caminhos de consenso, inclusive no aperfeiçoamento da legislação.
Segundo o diretor do Cetur/CNC, Alexandre Sampaio, a primeira fase do projeto, com a estruturação dos conselhos estaduais de turismo dentro das federações do comércio locais, já foi concluída. Agora, é o momento de mobilizar a cadeia produtiva do turismo para que ela, além de utilizar os dados para subsidiar suas decisões, pressione e monitore legisladores e executivos para a construção de políticas públicas que compreendam e contemplem as necessidades e os anseios locais.
“O comércio viaja com o turismo, então, criar políticas que contemplem o setor impacta diretamente nos resultados do comércio e dos serviços. A base parlamentar mineira é enorme, e nossa intenção é suscitar nesses parlamentares a importância de desenvolver projetos públicos para o turismo municipal. Ao reunir o trade, buscamos que cada um acompanhe e cobre de seu parlamentar ações nesse sentido. O turismo acontece nas cidades, nos Estados, então precisamos de todos engajados”, afirma Sampaio.
Até fevereiro deste ano, existiam 1.978 projetos cadastrados nacionalmente, somando cerca de R$ 16 bilhões em orçamento. Desse total, apenas 33 estão em Minas Gerais, sendo 21 inseridos pela Secretaria de Cultura e Turismo do Estado (Secult) e 12 pelo sistema do comércio estadual, com previsão orçamentária de R$ 289,47 milhões.
“Durante muito tempo estivemos muito voltados para dentro, então procuramos a CNC, que tem o Conselho de Turismo muito bem estruturado, e trouxemos para cá a ideia de montar o nosso Conselho para estudar o turismo das cidades, o potencial de cada uma, o que elas têm e como podemos ajudar a melhorar, independentemente do segmento. Enxergamos o turismo como um motivador, mola propulsora do comércio. Essa reunião, então, é para chamar as empresas a se engajarem, utilizarem e contribuírem com o painel para fortalecermos o setor com as nossas ações e melhores políticas públicas”, completa o presidente da Fecomércio-MG.
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