Saiba como identificar promoções reais e evitar abusos durante a Black Friday
Com a chegada da semana da Black Friday, o consumidor passa a ser ainda mais alvo da publicidade das marcas, que prometem descontos imperdíveis e ofertas arrasadoras. Por outro lado, também cresce a ação de golpistas, tanto no ambiente físico quanto no digital.
De acordo com o site Reclame Aqui, a Black Friday de 2024 registrou um recorde de reclamações: cerca de 14,1 mil queixas envolvendo propaganda enganosa, atraso na entrega e problemas na finalização da compra.
“O consumidor tem direito à informação clara e precisa. Isso significa obter dados completos sobre preço, forma de pagamento, características do produto e eventuais limitações antes de fechar a compra”, explica o advogado especialista em Direito do Consumidor Ricardo Maurício Soares, que também é professor da Faculdade Baiana de Direito.
Entre os cuidados essenciais nesta fase acentuada da Black Friday, o especialista reforça os seguintes pontos:
Direito à informação objetiva e transparente
Nenhum produto pode ser anunciado com dados incompletos ou confusos. As informações sobre preço, condições de pagamento e características do item devem ser claras, verdadeiras e acessíveis.
Atenção ao direito de arrependimento em até 7 dias
Compras feitas on-line, por aplicativo ou telefone podem ser canceladas em até sete dias após o recebimento, sem necessidade de justificativa.
Publicidade enganosa é proibida
Descontos irreais, preços inflados antes da Black Friday e ofertas que não correspondem à realidade configuram prática ilegal.
Garantia legal e contratual dos produtos
Mesmo em promoção, todo produto tem garantia legal — 30 dias para bens não duráveis e 90 dias para duráveis. A garantia contratual, quando oferecida, vem além e também deve ser respeitada.
O que fazer caso se sinta lesado na Black Friday
O especialista destaca que, caso o consumidor seja lesado por oferta enganosa, atraso na entrega, descumprimento de condições anunciadas ou qualquer prática abusiva, ele pode exigir o ressarcimento integral dos prejuízos. Além disso, empresas que vendem on-line devem oferecer canais de atendimento eficazes, sem dificultar cancelamentos, trocas ou devoluções.
“A informação é a principal ferramenta de proteção do consumidor na hora de tomar a melhor decisão de compra. Quem conhece seus direitos evita prejuízos e compra com mais segurança e tranquilidade”, conclui.
Colaborador
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