Negócios

Proprietários de escolas investem em franquias

Dados do Censo da Educação Básica de 2017, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) no começo do ano, revelaram que o País tem 48,6 milhões de alunos, matriculados em 184,1 mil escolas de educação infantil ao ensino médio. Além destes, há mais 2 milhões de crianças e adolescentes no País fora da escola – o equivalente a 5% dos indivíduos nessa faixa etária -, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A demanda é alta e a oferta de escolas públicas de qualidade no Brasil é escassa. A alternativa, para muitos pais, é apostar no sistema privado e garantir as melhores condições de educação básica.

Em resposta, proprietários de escolas estão investindo no franchising, a fim de atender um maior número de crianças com oferta de educação qualificada. “Sem dúvida, as famílias estão mais conscientes da importância de um ensino de qualidade no futuro das crianças, pois vivenciamos um ambiente dinâmico, que vem sofrendo profundas mudanças não só nas áreas tecnológicas, mas também com relação ao papel do professor em mediar o processo de aprendizado. Ao mesmo tempo em que existe uma preocupação em formar cidadãos em um aspecto global”, afirma o CEO da Maple Bear Canadian School e da Sphere International School, Arno Krug.

O potencial é enorme. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), de 2016 para 2017, o setor de serviços educacionais cresceu 2,5% em unidades e 5,6% em faturamento. E a tendência tem se consolidado: o segmento teve acréscimo de 6,8% no faturamento no 2º trimestre de 2018 se comparado com o mesmo período anterior, movimentando R$ 2,902 bilhões no período. Em número de matrículas do setor privado de ensino infantil e médio, o Brasil é o quinto maior do mundo. “As matrículas auxiliam o investidor a prever seu faturamento anual e trabalhar com margens acima da média de outras franquias. Da mesma forma, por ser mandatória a inscrição em uma escola regular, já existe um universo garantido de alunos”, pontua Krug.

Vale lembrar que, tradicionalmente, o ensino regular infantil, fundamental e médio, não era, até pouco tempo, parte do cenário normal do setor de franquias. “São poucas as redes que atuam com esse modelo de negócio, como a Maple Bear. Isso traz consigo algumas particularidades, já que muitos dos empresários e investidores que buscam oportunidades não haviam considerado, inicialmente, a possibilidade de atuarem em educação básica. E o mercado brasileiro, que é um dos maiores do mundo, apresenta-se como uma alternativa extremamente atraente”, ressalta Arno Krug.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas