Receita do Grupo Pardini ultrapassa R$ 2 bilhões

O Grupo Hermes Pardini, centro de medicina diagnóstica sediado em Belo Horizonte, apurou novos recordes em 2021. Ao todo, foram processados 140 milhões de exames, volume 37,7% maior que em 2020, e a receita superou a casa dos R$ 2 bilhões, crescendo 33,5% na mesma base de comparação. Lucro bruto, Ebtida, lucro líquido, geração de caixa operacional e volume de clientes Lab-to-Lab também apresentaram números históricos.
O CFO da empresa, Camilo de Lelis, atribuiu o desempenho à própria performance do projeto Enterprise, modelo automatizado integrado de inteligência em medicina diagnóstica implantado pelo laboratório há alguns anos e que garante maior agilidade e precisão nos resultados, com possibilidade de aumento de escala e redução de custos.
Segundo ele, os 140 milhões de exames realizados no decorrer do ano passado equivalem a 75% da capacidade do sistema. Ou seja, ainda há espaço para novos recordes. “A demanda foi crescente no ano que passou e possivelmente manterá a elevação em 2022. Já existe uma diminuição dos exames relacionados à Covid-19 e acreditamos que os outros testes, como os voltados para cirurgias eletivas, por exemplo, voltarão a aumentar. Além disso, a retomada da economia e o aumento do nível de emprego também devem colaborar para a elevação do número de exames”, diz.
Quanto ao recorde em exames no ano passado, Lelis também ressalta a alta no segmento Lab-to-Lab – área voltada para a realização de exames para outros laboratórios. Conforme o executivo, em função da pandemia, várias unidades passaram a terceirizar suas demandas. Os testes de Covid também contribuíram. Houve uma queda no final do ano, mas ainda assim um crescimento expressivo (52%) no decorrer de 2021.
Em termos de receitas, o negócio PSC, que são as unidades de atendimento direto a paciente, teve incremento de 38,5%, já o Lab-to-Lab de 29,2%. O lucro bruto cresceu 52% em 2021, chegando a R$ 615,7 milhões. A margem bruta saltou de 27,1% para 31%. O lucro líquido foi de R$ 214 milhões e o fluxo de caixa operacional chegou a R$ 443,1 milhões.
Além disso, a rede chegou a 163 unidades em todo o País no ano passado. Em 2020, o número era de 124. A expansão ocorreu tanto pela abertura de novos pontos de atendimento, como também pelo processo de aquisição de outros laboratórios Brasil afora.
Segundo o CFO do Grupo, ao todo foram investidos R$ 260 milhões na aquisição de quatro redes no ano que passou: três no estado de São Paulo e uma no Pará. Entre elas, o laboratório IACS, maior e mais tradicional laboratório de medicina diagnóstica da Baixada Santista, com 13 unidades de atendimento; e a Clínica Dra. Odivânia Moscogliato, referência em saúde da mulher em São José dos Campos, marcando o início da presença do Pardini no Vale do Paraíba. Nas duas empresas, o Pardini vem investindo na ampliação do mix de serviços e implantação de novas experiências aos pacientes. E para os próximos meses, também está prevista a abertura de novas unidades no interior de São Paulo.
As outras duas foram o Laboratório de Anatomia Patológica (APC), de São Paulo, e o Laboratório Paulo C. Azevedo, em Belém. “Continuamos ativos na prospecção de novas aquisições. Temos vários estudos em andamento e em breve anunciaremos novos negócios”, conclui Lelis.
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