Receita líquida da Biomm cresce 21% em 2024

A biofarmacêutica Biomm ampliou a receita líquida em 21% no último ano, alcançando R$ 142,9 milhões. O resultado se deve ao incremento nas vendas. No quarto trimestre, a empresa registrou receita de R$ 40 milhões, variação positiva de 100% versus o trimestre anterior, representando o melhor trimestre já registrado. Ainda em 2024, a Biomm apurou um prejuízo líquido de R$ 77,28 milhões, ficando menor que os R$ 81,14 milhões de prejuízo verificado no ano anterior.
A Biomm, com sede e fábrica em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), atribui o resultado positivo da receita, principalmente, à comercialização no segmento de diabetes, onde houve um aumento de volume de comercialização total de 124%. No ano, houve expansão na proporção de vendas do Glargilin de 11 pontos percentuais (p.p).
O balanço da Biomm mostra que o lucro bruto consolidado da Companhia reduziu 23% em 2024 frente a 2023, atingindo, assim, R$ 17,88 milhões. No quatro trimestre, quando o lucro apurado chegou a R$ 2,9 milhões, houve uma queda de 1,89% frente a igual trimestre do ano anterior,
Conforme o CEO da Biomm, Heraldo Marchezini, em 2024 o lucro bruto foi inferior ao de 2023 em razão da queda na comercialização de produtos de maior valor agregado e ao aumento do custo médio dos produtos vendidos, principalmente devido ao início da produção local ainda em fase de ramp up.
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“Por outro lado, foi registrado um crescimento histórico da receita líquida tanto no quarto trimestre quanto no consolidado anual. Isso é devido ao incremento das vendas em 2024. O resultado demonstra o fortalecimento da Biomm na comercialização de biomedicamentos e o potencial de crescimento da companhia”.
Biomm reduz prejuízo
A Biomm registrou um resultado financeiro líquido positivo de R$ 4,6 milhões em 2024, ante o negativo em R$ 8,27 milhões em 2023. Apresentando, assim, um aumento de 156% quando comparado ao ano anterior. Conforme o relatório financeiro, o prejuízo para o exercício foi de R$ 77,28 milhões, frente ao prejuízo de R$ 81,14 milhões do ano anterior.
Conforme Marchezini, a tendência para 2025 é de vendas crescentes, gerando, assim, melhores resultados financeiros na Biomm. “A produção de insulina Glargina na fábrica de Nova Lima, a expansão de portfólio e o crescimento das vendas contribuirão para melhorar o desempenho financeiro e a rentabilidade da Biomm em 2025”, afirmou.

O CEO da Biomm explica que o envelhecimento populacional e o aumento da incidência das doenças crônicas ampliam a necessidade de tratamentos médicos contínuos, favorecendo as vendas.
“A Biomm está expandindo, portanto, o portfólio com medicamentos para diferentes áreas terapêuticas com o objetivo de ampliar o acesso da população brasileira a tratamentos avançados. Terapias eficazes são fundamentais no processo de promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas. Além de diversificar a base de clientes, a ampliação do portfólio posiciona a Biomm de maneira estratégica em um mercado crescente de medicamentos para condições crônicas, atendendo a uma gama maior de necessidades terapêuticas”.
Despesas operacionais e Ebitda
Conforme o balanço financeiro, em 2024, as despesas operacionais cresceram 3%, passando de R$ 95,8 milhões em 2023, para R$ 99,1 milhões em 2024. O aumento dos gastos resultou do crescimento das contratações de mão de obra devido ao início da operação da fábrica em Nova Lima.
Com o aumento das despesas operacionais e queda do lucro bruto, o Ebitda consolidado ficou negativo em R$ 69,3 milhões. Assim, o recuo ficou 13% maior se comparado com a redução de R$ 61 milhões no Ebitda registrado em 2023. Também contribuiu para o resultado negativo a menor venda de produtos de maior valor agregado.
Investimentos em 2024
Em 2024, a Biomm inaugurou a fábrica em Nova Lima e iniciou a produção da insulina Glargina. Com investimentos de R$ 800 milhões, a unidade tem capacidade instalada para 20 milhões de unidades de carpules e de canetas de insulina Glargina por ano. Além disso, também tem capacidade para fabricar 20 milhões/ano de frascos de outros biomedicamentos.
No ano passado, a Biomm fechou parcerias estratégicas para ampliar o portfólio, com foco no licenciamento e distribuição de biomedicamentos para tratamento de diabetes e controle do peso. Os acordos preveem a comercialização de Semaglutida e distribuição da Liraglutida, ambos ainda estão sujeitos à aprovação do registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) à publicação do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e ao término da patente.
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