Receita líquida do Mater Dei registra avanço de 72%

Em 2022, a Rede Mater Dei de Saúde consolidou a estratégia de expansão e diversificação geográfica por meio de crescimento inorgânico, com a conclusão da aquisição de quatro unidades hospitalares e um centro de diagnóstico – Hospital Santa Genoveva e CDI, Hospital Premium, Hospital Emec e Hospital Santa Clara – e inaugurou também uma unidade em Salvador, finalizando o ano com cerca de 1.500 leitos operacionais.

O crescimento operacional se traduziu em resultados financeiros recordes, com uma receita líquida de R$ 1,8 bilhão, um aumento de 72% em relação ao ano anterior e um aumento do tíquete médio no último trimestre de 5% em relação ao trimestre anterior.

Para o presidente da Rede Mater Dei de Saúde, Henrique Salvador, os resultados de 2022 estão em consonância com o planejamento do período. “Esses números refletem nossa execução consistente da estratégia de crescimento e fortalecimento da relação com as fontes pagadoras nos diversos locais onde atuamos”.

O executivo ainda destaca a consolidação na gestão, a integração dos ativos e a implantação de alto valor agregado para a estratégia digital da Mater Dei. “Estamos caminhando de forma sólida em nossa estratégia conjunta de criação de produtos digitais altamente escaláveis e baseados em inteligência artificial. Para isso foi criada uma divisão na A3Data que está atuando para criar produtos de base tecnológica que sejam escaláveis como negócio e que utilizem inteligência artificial e gestão de dados como diferenciais competitivos.”

Destaques financeiros e operacionais – Em 2022, a Receita Líquida somou R$ 1.763 milhão, superando em 72% a de 2021 e no quarto trimestre de 2022, a Receita Líquida atingiu R$ 512 milhões, crescimento de 78% contra o mesmo período do ano anterior e de 8% em relação ao terceiro trimestre de 2022.

O Ebitda ajustado do ano de 2022 atingiu R$ 461 milhões, crescimento de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior, com uma margem de 26,1%, 4,3 pontos percentuais abaixo de 2021. No trimestre, o Ebitda foi de R$ 122 milhões, representando um aumento de 56% em relação ao quarto trimestre de 2021 e em linha contra o terceiro trimestre de 2022. A margem Ebitda ajustada atingiu 23,8%, uma queda de 3,4 pontos percentuais em comparação com o quarto trimestre de 2021 e de 1,5 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2022.

O Lucro Líquido ajustado totalizou R$ 216 milhões em 2022, aumento de 30% em relação ao ano de 2021, e a margem líquida ajustada foi de 12,3%, 3,9 pontos percentuais abaixo da margem do ano anterior. No quarto trimestre de 2022, o Lucro Líquido ajustado atingiu R$ 36 milhões, em linha com relação ao quarto trimestre de 2021 e queda de 39% contra o trimestre anterior. No período, a margem líquida ajustada atingiu 7,0%, 5,6 pontos percentuais abaixo na comparação anual e 5,4 pontos percentuais com relação ao terceiro trimestre de 2022.

Em 2022, considerando as unidades adquiridas e inauguradas, o número de leitos operacionais atingiu 1.434 leitos, 465 leitos acima de 2021, com uma taxa de ocupação de 69,1%.

Para o cálculo do tíquete médio do ano de 2022, foram utilizados os leitos das unidades adquiridas e inauguradas a partir da conclusão e/ou início de operação de cada uma, resultando em uma média de leitos operacionais de 1.290, com 70,0% de ocupação.

Já no quarto trimestre de 2022, o número de leitos operacionais atingiu 1.494 leitos, 599 leitos acima do quarto trimestre de 2021 e em linha com o terceiro trimestre de 2022 (proforma), com uma taxa de ocupação de 67,0%, influenciada pela sazonalidade do final do ano. Para o cálculo da taxa de ocupação são considerados apenas os pacientes que pernoitam nos hospitais. Se fossem utilizados os pacientes do Day Hospital, que permanecem internados por um período inferior ou igual a 6 horas, a taxa de ocupação aumentaria aproximadamente 4 pontos percentuais.

Em 2022, os custos representaram 64,7% da receita líquida, um aumento de 4,2 pontos percentuais na comparação com o ano anterior, principalmente pelo aumento nas linhas de prestação de serviços médicos e de pessoal. No quarto trimestre de 2022, os custos passaram a representar 66,4% da receita líquida, um aumento de 5,4 pontos percentuais e 2,2 pontos percentuais, na comparação anual e com o terceiro trimestre de 2022, respectivamente. Esse aumento é fruto principalmente de maiores custos com pessoal e materiais e medicamentos, sendo o primeiro aumento explicado pela correção anual (dissídio) dos salários realizado no trimestre e pela desalavancagem operacional que ocorre devido a sazonalidade do período.

A receita financeira totalizou R$ 90 milhões no ano, apresentando um aumento de 35% contra o ano anterior. Já a despesa financeira atingiu R$ 243 milhões, um aumento de 174% em relação a 2021. Esse aumento na comparação anual ocorreu na rubrica de juros de empréstimos e financiamentos (maior taxa de juros no período) e na rubrica de juros de arrendamento (início da contabilização dos valores de aluguel referentes às unidades Salvador e ao ano inteiro de Porto Dias no resultado).

O prazo médio ponderado de amortização da dívida do Mater Dei é de 5,7 anos, com 51% da amortização total prevista para um prazo acima de 5 anos.

Considerando a posição de caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras a Rede Mater Dei terminou o ano de 2022 com R$ 378 milhões, uma queda de 70% quando comparado com o caixa do final do ano anterior. Essa variação é explicada principalmente por maiores investimentos (pagamento de aquisições, obra da unidade de Salvador e compra de equipamentos).