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Redação do DIÁRIO DO COMÉRCIO dá sugestões de livros para 2023; confira!

Foram selecionados pela equipe nove títulos, que vão de ficção a não-ficção, passando por biografias e romances
Redação do DIÁRIO DO COMÉRCIO dá sugestões de livros para 2023; confira!
Montagem: Leonardo Morais

Neste sábado, 7 de janeiro, é celebrado o Dia do Leitor. Uma data comemorada anualmente com o objetivo de valorizar aqueles que são apaixonados pela leitura e sempre separam um tempo para se entreter e adquirir conhecimento por meio de jornais, livros, revistas, artigos, entre outras plataformas.

A data surgiu como uma homenagem ao jornal cearense “O Povo”, inaugurado no mesmo dia (07/01) em 1928 pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha. No jornal, havia um suplemento conhecido como “Macarajá”, um espaço para divulgação de um movimento modernista literário que ocorreu na época.

Para celebrar a data e contribuir com o incentivo à leitura, a redação do DIÁRIO DO COMÉRCIO preparou uma lista com alguns livros que marcaram a vida da equipe e contribuíram de certa forma para a construção de um hábito literário de seus membros.

Confira:

1)

“1984”, de George Orwell

George Orwell publicou originalmente sua obra-prima “1984” em 1949, um ano antes de sua morte. A obra, uma ficção ousada e extremamente futurista para a época, permanece mais atual do que nunca. Sem rodeios e construções de linguagem sofisticadas, o escritor britânico põe o dedo direto na ferida do totalitarismo. Escrito após a ascensão e queda do nazismo de Hitler na Alemanha e no auge do stalinismo na então União Soviética, “1984” mergulha na opressão do Estado sobre o cidadão por meio da figura do Grande Irmão, claramente inspirada no ditador russo Josef Stalin, que controla tudo e enxerga tudo sobre a vida das pessoas que estão sob seu jugo, até dentro de suas casas. A obra atemporal e visionária de Orwell nos remete para os dias de hoje, com as informações e os passos dos cidadãos controlados e expostos por meio da internet e o ressurgimento de movimentos fascistas em todo o mundo, inclusive no Brasil. (Alexandre Horácio, editor)

2)

“A Revolta de Atlas”, de Ayn Rand

Uma boa dica para os apreciadores de uma boa leitura é o romance best-seller “A Revolta de Atlas”, da escritora Ayn Rand, nascida em São Petersburgo, antiga União Soviética.
Num cenário desolador, em que a intervenção estatal se sobrepõe sobre a iniciativa privada no sentido de reerguer a economia, os grandes líderes das indústrias, do empresariado em geral, das ciências e das artes começam a desaparecer sem deixar pistas.
Abusando de arbitrariedades, o Estado logo confisca suas propriedades, mas não consegue manter a lucratividade dos negócios.
Uma obra instigante que fez enorme sucesso nos Estados Unidos, um suspense de tirar o fôlego. Em síntese: a história de um homem que havia dito que iria parar o motor do mundo. E conseguiu. (Clério Fernandes, editor e secretário de redação)

3)

“A sociedade literária e a torta de casca de batata”, de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows

Uma leitura encantadora. Assim eu defino “A sociedade literária e a torta de casca de batata”, de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows, tia e sobrinha respectivamente. A obra narra as aventuras da jornalista e escritora Juliet Ashton, apaixonada por leitura e por histórias inusitadas, que está em busca de um tema para escrever seu próximo livro. Ela acaba viajando para Guernsey, na Inglaterra, uma das Ilhas invadidas pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, e conhecendo o clube de leitura da cidade. A viagem proporciona à escritora mais do que material para seu livro.
“A sociedade literária e a torta de casca de batata”, nome do clube de leitura de Guernsey, promove a união entre as diferenças como forma de superar as cicatrizes da guerra; propõe o término das desavenças entre britânicos e alemães, entre camponeses e moradores da cidade, entre as novas e antigas gerações. Em 2018, o livro ganha versão para cinema estrelada por Lily James, Michiel Huisman e Mathew Goode. (Luciana Montes, editora-executiva)

4)

“As cartas de John Lennon”, de Hunter Davies

Para quem é fã de música, não pode faltar na estante o livro “As cartas de John Lennon”, de Hunter Davies. A obra é uma espécie de biografia do músico feita através das cartas escritas por Lennon para parentes, amigos e até mesmo para fãs. Isto possibilita ao leitor uma visão diferente e intimista de importantes períodos da vida do líder dos Beatles, antes mesmo de se tornar um ícone do cenário musical. (Rafael Tomaz, editor e chefe de reportagem)

5)

“Dezesseis Luas”, de Kami Garcia e Margaret Stohl

O livro gira em torno de Ethan e sua perspectiva. Um garoto comum, de uma pequena cidade do Sul dos Estados Unidos, totalmente atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos com uma garota que ele nunca conheceu.
A família de Lena Duchannes é outra peça importante para a história, já que eles lutam contra uma maldição que existe há séculos na família. Lena também é uma peça fundamental no livro, afinal é com ela que Ethan tem seus pesadelos. Longe de ser uma adolescente comum, ela é descendente de bruxas que lutam constantemente para esconder seus poderes.
“Minha mãe dizia que só existem dois tipos de pessoas em Gatlin: Os muitos burros para irem embora e os condenados a ficar” – Ethan. (Jaqueline Dias, estagiária digital)

6)

“Escravidão I, II e III”, de Laurentino Gomes

Uma aula de história. Digamos, não oficial. O jornalista Laurentino Gomes fez extensas pesquisas por 12 países e três continentes e trouxe um relato revelador da saga de mulheres e homens negros escravizados até o Brasil. Em seu perfil no Instagram, ele revelou também por vídeos a trajetória por locais emblemáticos que retrataram a escravidão. O Brasil foi o maior território escravagista do hemisfério ocidental e recebeu cerca de 5 milhões de cativos africanos – o que representa 40% do total dos 12,5 milhões embarcados para a América ao longo de três séculos e meio. A trilogia é impactante. (Cláudia Duarte, editora)

7)

“O Estranho Mundo de Tim Burton”, de Paul A. Woods

O que os filmes “Edward Mãos de Tesoura”, “Beetlejuice”, “Alice no País das Maravilhas”, “A Noiva-Cadáver” e “Sweeney Todd” têm em comum além do maravilhoso universo da fantasia? O genialismo do cineasta Tim Burton. E se você, assim como eu, é um grande fã dessa mente criativa e que nos faz viajar pelas infinitas possibilidades do mundo fantástico, onde não há limites para a imaginação, o excêntrico e os sonhos…, vale muito a pena conhecer mais sobre essa personalidade singular. Logo, a minha dica de leitura é o livro “O Estranho Mundo de Tim Burton”, que traz a história desse brilhante diretor, referência em Hollywood, e detalhes, daqueles bem legais e curiosos, da criação de alguns dos seus grandes sucessos no cinema. (Gabriela Pedroso, editora digital)

8)

Saga “Jogos Vorazes”, de Suzanne Collins

Minha indicação de livro é a saga “Jogos Vorazes”. Apesar de ser em um universo distópico, acredito que os livros trazem assuntos atuais e importantes de se pensar. São obras tanto para o público infantojuvenil quanto para adultos, e, mesmo com boas adaptações cinematográficas, vale a pena ler e descobrir tudo o que acontece em Panem e pensar no que faríamos se acontecesse conosco, além de acompanhar a Katniss tomando decisões que afetam não só o futuro dela, mas de todos ao seu redor. (Giulia Simmons, estagiária digital)

9)

“Ideias para adiar o fim do mundo”, de Ailton Krenak

Uma leitura breve, porém, bastante significativa. O livro, escrito por um indígena brasileiro da etnia Krenak, me fez refletir sobre a importância do ser humano de se enxergar como parte da natureza e não como um ser superior a ela. Essa é uma das premissas discutidas pelo autor como forma de “adiar o fim do mundo” e assim promover uma sociedade mais harmônica e tolerante. (Leonardo Morais, repórter)

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