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Rede Mater Dei de Saúde lucra R$ 20 milhões no primeiro trimestre de 2025

Empresa mineira aposta em serviços de alta complexidade e novo hospital em São Paulo
Rede Mater Dei de Saúde lucra R$ 20 milhões no primeiro trimestre de 2025
Crédito: Divulgação/Mater Dei

A Rede Mater Dei de Saúde, com sede em Belo Horizonte, registrou lucro de R$ 20 milhões no primeiro trimestre de 2025. Ainda que positivo, o valor recuou 36,9% frente ao mesmo período do ano passado, quando os resultados foram impulsionados pelo aumento das doenças sazonais. Já na comparação com o último trimestre de 2024, houve uma evolução de 8% no lucro. Para os próximos meses, as expectativas são de resultados favoráveis que serão alcançados devido à maior eficiência dos processos e também pela realização de serviços de alta complexidade, o que gera maior retorno financeiro.

Quanto à expansão, a Rede Mater Dei planeja aprovar nos próximos meses o projeto de construção do hospital da rede no bairro Santana, em São Paulo. A inauguração deve acontecer em 2028. A previsão é iniciar as obras entre o final de 2025 e início de 2026, a unidade será construída em parceria com o Bradesco. 

Conforme o CEO da Rede Mater Dei de Saúde, José Henrique Salvador, apesar dos desafios, os resultados do primeiro trimestre foram positivos na Rede. “Entregamos o trimestre com o melhor resultado, superior à média do ano passado. Isso aconteceu mesmo com os desafios enfrentados na economia nacional e no nosso setor da saúde. O início de 2025 está melhor em termos de eficiência frente a 2024”. 

Receita

Durante o primeiro trimestre, a rede hospitalar registrou alta na receita. Conforme os resultados, a receita líquida chegou a R$ 499,3 milhões, crescendo, 2,4% frente ao mesmo trimestre de 2024, quando o montante chegou a R$ 487,4 milhões. O resultado ficou 2,5% maior se comparado com o quarto trimestre de 2024.

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No mesmo período, o Ebitda alcançou R$ 97 milhões, queda de 11,7% frente ao primeiro trimestre de 2024. Porém, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve aumento de 24,6%. A margem Ebitda cresceu 3,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, alcançando 19,3% no trimestre.

“O primeiro trimestre foi de recuperação de margem. Tivemos um final de 2024 de margens mais apertadas. Efeito, principalmente, do Projeto de Lei da Enfermagem – que instituiu piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem – sendo notório na indústria como todo. Mas, estamos conseguindo fazer o dever de casa. Ampliamos – entre o último trimestre de 2024 e o primeiro de 2025 – nossos resultados em 3,5 p.p na nossa margem Ebitda. Mesmo em um período de sazonalidade mais baixa”. 

Mater Dei segue em busca da melhor eficiência

Conforme Salvador, os resultados positivos obtidos no início de 2025 são provenientes de um maior controle dos custos e do aumento da eficiência operacional. “Também temos observado um incremento dos resultados de receita, ocupação e margens nas nossas novas unidades, principalmente, na de Nova Lima e na de Salvador”. 

Para impulsionar os resultados, a Rede Mater Dei de Saúde também tem concentrado mais serviços de alta complexidade, o que gera receita e margens positivas. Houve também um melhor repasse dos convênios.

 “A cadeia de saúde como toda, a saúde suplementar, vive um momento melhor do que ela viveu em 2023 e 2024, porque os convênios conseguiram obter um repasse de preços mais adequado. Isso também é fruto de um cenário mais favorável do nosso próprio setor”.

Com uma receita bruta de R$ 560 milhões, a Rede Mater Dei registrou incremento de 2,4% frente ao primeiro trimestre de 2024. A maior parte da receita veio dos convênios, R$ 517,3 milhões, valor que cresceu 2,7% no trimestre. A segunda maior fonte foi de atendimentos particulares, R$ 33,9 milhões, queda de 3,4%, e de outras receitas R$ 9,2 milhões e uma variação positiva de 11,1%.

Ao longo do primeiro trimestre de 2025, a Rede Mater Dei apresentou uma média de 1.166 leitos operacionais, queda de 52 leitos frente a igual trimestre de 2024 e de 22 frente ao último trimestre de 2024. A taxa de ocupação no período ficou em 79,7%, 3.2 pontos percentuais abaixo de janeiro a março de 2024. Segundo Salvador, a queda é justificada pelo aumento das internações nos primeiros meses do ano passado em decorrência da dengue e de doenças respiratórias no período.  

Quanto ao tíquete médio consolidado, o reajuste das tabelas, aliados aos mix de serviços e procedimentos e ao crescimento de hospitais com maior tíquete médio fez com que a média atingisse R$ 2,64 milhões por leito utilizado. Isso representou um aumento de 14% frente ao primeiro trimestre de 2024 e de 3,1% quando comparado com o trimestre imediatamente anterior.  

São Paulo

No que se refere à dívida – R$  781 milhões no primeiro trimestre de 2025 – o valor retraiu 23,5% e representou uma redução de R$ 1 milhão da dívida líquida. Conforme Salvador, o resultado é importante para os planos de crescimento da Rede Mater Dei, que tem como próximo projeto a construção da primeira unidade em São Paulo.

“Nós estamos com uma posição de endividamento muito tranquila e favorável em termos de alavancagem. Então, há uma possibilidade muito positiva de a gente fazer os nossos próximos movimentos de crescimento de forma bastante sustentável. O próximo movimento que está no radar, em fase final de aprovação do projeto, é o Mater Dei Santana, o nosso hospital em São Paulo, que deve ficar pronto no final de 2028”. 

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