RHI Magnesita lança tecnologia de inspeção a laser para fornos rotativos

Alma de indústrias importantes como cimenteiras e produtoras de cal, os fornos rotativos são equipamentos de grande porte cuja paralisação pode impactar em até 11% a receita da unidade. A manutenção preventiva dos fornos rotativos é fundamental para manter a performance do equipamento e evitar que a produção seja interrompida.
Compostos pela parte externa, chamada carcaça, e pela interna, revestida por material refratário, os fornos rotativos podem sofrer deformações e desgastes que colocam a vida útil dos equipamentos em risco. Para diagnosticar os problemas prematuramente e indicar a solução mais rápida e de menor custo, a RHI Magnesita lançou o MKA (Mechanical Kiln Audit), tecnologia que permite a avaliação das condições mecânicas do forno rotativo, possibilitando que especialistas realizem uma análise precisa sobre a influência desse componente no desgaste de refratários.
De acordo com o coordenador de marketing técnico da RHI Magnesita – Soluções Digitais, Rafael Romie, o trabalho de medições é feito com o forno em operação rotineira e pode levar entre um e dois dias. Depois vem a fase de leitura e interpretação dos dados.
“Em uso, os fornos rotativos experimentam diversos esforços, tanto mecânicos como térmicos e estruturais. O foco do MKA é entender o comportamento mecânico daquela unidade. A carcaça pode sofrer efeitos porque está sobre rolos que podem apresentar diferentes velocidades ou porque há um desequilíbrio de peso, por exemplo. Se fizermos essa detecção mais cedo, podemos dizer qual parte precisa de manutenção ou ser substituída. Podemos também apontar qual tipo de refratário deve ser usado ‘, explica Romie.
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A tecnologia é composta de três diferentes equipamentos que fornecem dados por meio de medições a laser e sensores por indução, capazes de detectar deformações e ovalidade nas virolas, desalinhamento de rolos e desgastes no refratário.
A solução exige, então, uma equipe altamente capacitada para colher e interpretar os dados obtidos.
Para Rafael Romie, a MKA vai poupar tempo e dinheiro dos clientes, que agora têm acesso à tecnologia e técnicos especializados no Brasil, promovendo uma manutenção dos fornos rotativos de alta qualidade.
“Estamos capacitando uma nova geração de profissionais em tecnologia de ponta, isso impacta, também, numa maior sustentabilidade do nosso negócio e dos nossos parceiros, evitando deslocamentos intercontinentais, aumentando a eficiência e vida útil do equipamentos, reduzindo a geração de resíduos, diminuindo as emissões de carbono, e otimizando o uso de recursos como energia e a própria matéria-prima dessas indústrias”, frisa.
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