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Robert Half e FDC lançam “match perfeito”

Robert Half e FDC lançam “match perfeito”
Estudo da FDC ainda revela as preferências dos recrutadores ao analisar potenciais candidatos | CRÉDITO: DIVULGAÇÃO

Em parceria com o Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral (FDC), a Robert Half lança o estudo “Match Perfeito – o que buscam profissionais e recrutadores”. O estudo traz um Raio-X sobre os anseios dos profissionais empregados e desempregados em relação às oportunidades no mercado de trabalho, bem como as preferências dos recrutadores ao analisar potenciais candidatos. Entre alguns dos insights, está o fato de experiência prévia do candidato (88%), fit cultural (62%) e formação acadêmica (36%) serem os três fatores mais relevantes que os tomadores de decisão das empresas consideram na hora de contratar.

“O fit cultural é um fator que vem sendo cada vez mais valorizado entre as empresas e, conforme mostra a pesquisa, ganha mais destaque entre as grandes companhias. No entanto, não deixa de ser relevante para empresas de todos os portes. Contar com profissionais que se adequem à cultura organizacional é importante não só para os resultados, mas também para o clima e motivação dos colaboradores”, afirma o diretor associado da Robert Half, Mario Custódio.

“Melhorar a qualidade da correspondência entre as preferências dos empregadores e dos candidatos é fundamental para uma economia próspera. Ainda mais, quando paradoxalmente, o Brasil assiste a um aumento da taxa de desemprego, mesmo com resultado positivo na geração de empregos formais. O desvelamento dessas preferências também pode promover uma maior inserção no mercado de trabalho. Por exemplo, o desemprego de longa duração (2 anos ou mais) bateu recorde frente à crise econômica alcançando 23,6% dos trabalhadores sem emprego. Na nossa amostra, desempregados entre 1 e 3 anos representam 30,95% do total”, afirma o diretor do Centro de Liderança da FDC, Paul Ferreira. Fatores mais relevantes para o preenchimento de uma vaga em aberto:

01 – A experiência prévia do candidato (88%)
02 – A aderência com a cultura organizacional (62%)
03 – A formação acadêmica do candidato (36%)
04 – Ser indicado por pessoas relevantes no mercado ou na academia (31%)
05 – A expectativa salarial e seu enquadramento com as tabelas da empresa (26%)
06 – Candidatos que estejam trabalhando em outras empresas do setor (19%)
07 – Ser indicado por pessoas da empresa (17%)
08 – A disponibilidade geográfica (11%)
09 – A disponibilidade para início do contrato (5%)
10 – Outro (5%)

Prioridades mudam conforme porte da empresa – O estudo da Robert Half e da FDC mostra que, apesar da experiência prévia do candidato, fit cultural e formação acadêmica serem os principais pontos na avaliação de um candidato, essa lista pode variar de acordo com o porte da empresa. Nota-se, por exemplo, que quanto maior a empresa mais relevância se dá à cultura organizacional. Por outro lado, a indicação do candidato por pessoas do mercado ou da academia é mais valorizada pelas micro e pequenas empresas.

Há também diferenças consideráveis ao analisar o comportamento dos recrutadores dos diferentes segmentos do mercado. Apesar de a experiência prévia do candidato ser o principal fator para todos os setores, no Varejo esse item é ainda mais valorizado. Já a Indústria é o segmento que mais dá importância à cultura organizacional, enquanto o Agronegócio é o setor que vê mais relevância na indicação do profissional e o Varejo é o que dá mais peso para a formação acadêmica.

O que buscam os profissionais – Remuneração (56%), aderência do cargo à experiência prévia (46%) e desafio proposto (45%) estão entre os itens que mais são avaliados pelos profissionais em geral quando recebem uma proposta de emprego. No entanto, se dividirmos o grupo entre profissionais que estão empregados, mas ativos no mercado, e profissionais que estão desempregados, é possível notar uma importante diferença entre as prioridades de cada um.

Itens que chamam a atenção dos profissionais empregados ao avaliar uma proposta de emprego:

01 – Aderência com a proposta de remuneração (68%)
02 – Aderência com o desafio proposto (41%)
03 – Aderência do cargo com a minha experiência prévia (39%)
04 – Aderência à cultura da empresa (37%)
05 – Nível de benefícios não monetários (25%)
06 – Aderência do cargo com minha formação acadêmica (22%)
07 – Distância geográfica (19%)
08 – Aderência com o nível hierárquico proposto (18%)
09 – Conhecer pessoas que trabalham na empresa (10%)
10 – Identificação com potencial gestor direto/indicação por pessoas relevantes no mercado ou na academia (9%)

Itens que chamam a atenção dos profissionais desempregados ao avaliar uma proposta de emprego:

01 – Aderência ao cargo com a minha experiência prévia (52%)
02 – Aderência à cultura da empresa (50%)
03 – Aderência com o desafio proposto (48%)
04 – Aderência com a proposta de remuneração (43%)
05 – Aderência do cargo com minha formação acadêmica (24%)
06 – Nível de benefícios não monetários (16%)
07 – Distância geográfica (16%)
08 – Aderência ao nível hierárquico proposto (15%)
09 – Identificação com potencial gestor direto (13%)
10 – Indicação por pessoas relevantes no mercado ou na academia (9%)

Faixa etária – Ser apontada como o fator mais relevante pelos profissionais empregados mais ativos no mercado, de todas as idades ao avaliar uma proposta de trabalho, é possível observar diferenças nos demais critérios.

Para os maiores de 46 anos, a aderência com a experiência prévia ganha destaque como segundo item a ser considerado, seguida por desafio proposto e fit cultural. Nas faixas etárias entre 25-35 anos e 36-45 anos, os destaques são aderência com o desafio proposto, fit cultural e aderência do cargo com a experiência prévia.

Entre os profissionais desempregados, o estudo mostra que, com o passar da idade, a experiência prévia, aderência à cultura organizacional e desafio proposto ganham peso na tomada de decisão. Já a formação acadêmica e indicação são aspectos que perdem importância com o tempo. Um outro exemplo é que, enquanto profissionais nas faixas de 25-35 anos e maiores que 46 anos consideram a experiência prévia como principal destaque ao receber propostas, profissionais na faixa de 36-45 anos valorizam mais a proposta de remuneração. Outros destaques por faixa etária:

01 – Profissionais desempregados, com idade entre 36 e 45 anos, priorizam a remuneração ao receber a proposta
02 – Entre os desempregados, profissionais com mais de 46 anos são os que mais valorizam o fit cultural; enquanto entre os empregados, profissionais com idade entre 25 e 35 anos são os que mais priorizam esse quesito
03 – Profissionais mais seniores tendem a ser os que mais valorizam propostas que estejam de acordo com sua experiência prévia
04 – Profissionais mais jovens, principalmente os em busca de recolocação, são os que mais priorizam oportunidades alinhadas à sua formação acadêmica
05 – Distância geográfica (localização da empresa) é mais considerada por aqueles entre 36 e 45 anos.

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