Robôs garçons chegam ao mercado mineiro; veja como funcionam e quanto custam
Há cerca de 60 anos, as produções de Os Jetsons, clássica animação infantil que abordava uma representação futurística do mundo, já previa o uso de robôs para a realização de diversas profissões humanas, como a de serviços domésticos e a de atendimento em estabelecimentos. Não muito diferente daquele universo, a empresa Keenon já pôs em prática no mercado o uso de robôs que fazem os mesmos serviços de garçom e concierge. A novidade acaba de chegar a Minas Gerais.
A empresa é líder global neste setor e seus produtos têm se tornando uma verdadeira obsessão no exterior. Quem conta mais é o CEO da Quality System, Heleraldo Costa. Segundo ele, o robô que atua como concierge e garçom surge para atender uma grande demanda de mercado, ainda não explorada.
“Diante da alta necessidade por mão de obra fixa e temporária no ramo de hospedagem, alimentos e bebidas, a tecnologia chega para contribuir porque consegue fornecer um serviço seguro, rápido e eficaz”, relata.
Costa ainda pontua que a nova aposta do grupo Keenon e investida da Quality System no País é uma tecnologia inovadora, munida de capacidade de atender restaurantes, shoppings, eventos, feiras, hotéis, hospitais, escritórios e lojas.
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Mas, afinal, o que faz um robô garçom?
O CEO da Quality System, Heleraldo Costa, destaca algumas características do robô garçom. Veja quais:
- Conectar-se via WI-FI ao sistema de elevadores.
- Circular autonomamente pelos recintos hoteleiros, desempenhando funções de quarto, entregas de alimentos e transporte de até 4 bandejas.
- Cada bandeja suporta até 10 quilos, simultaneamente.
O robô na versão de garçom é mais utilizado em espaços como restaurantes e praças de alimentação de shoppings. Entretanto, Costa informa que as funções principais dele estão em recepcionar os clientes e conduzi-los até suas mesas, entregar comidas e bebidas, além de levar os pratos sujos para a cozinha.
“Ele tem capacidade para transportar quatro bandejas de 10kg por vez, cerca de três a quatro vezes o que um humano pode carregar ao mesmo tempo. A autonomia da bateria dura de 12 a 15 horas”, destaca.
Veja o robô em funcionamento:
“Temos um exemplo no Canadá, com o modelo garçom, que durante um levantamento feito por uma praça de alimentação em um shopping, foi observada uma economia de US$ 26 mil dólares em um ano. Essa comparação foi feita com a substituição de apenas um funcionário por um robô”, completa Costa.
E para quê serve um robô concierge?
Já na versão do robô concierge, o dispositivo tem cerca de um metro de altura, conta com sistema inteligente para evitar obstáculos, espaço de armazenamento ventilado para conservar os alimentos quentes ou gelados e sistema de auto-recarga.
Costa explica que no lugar da cabeça há uma tela touchscreen do tamanho de um tablet, que mostra mapas e outras informações. A autonomia da bateria pode durar de 15 a 18 horas, e o robô permite várias interações humanas, seja por voz, vídeos e aplicativos.
“A usabilidade dos robôs mundo a fora é comum, e além de serem um atrativo para o estabelecimento, o principal objetivo é suprir ou aliviar a carga de trabalho da equipe humana para serviços mais complexos”, conta o executivo.
Como ‘contratar’ robôs para seu estabelecimento?
A novidade já se encontra disponível no mercado brasileiro, pelo site da Quality Systems. A empresa também oferece modelos mais modestos, que exibem propagandas em mercados e shoppings. Os robôs custam entre R$100 mil e R$ 500 mil, conforme o modelo e as configurações escolhidas. Já o aluguel de um equipamento como este custa R$ 10 mil.
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