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Saiba quais são os e-commerces mais acessados no Brasil em 2023

Amazon avança na disputa pela liderança com o Mercado Livre
Saiba quais são os e-commerces mais acessados no Brasil em 2023
Foto: Reprodução Adobe Stock

Com uma média de 286 milhões de visitas mensais neste ano, o Mercado Livre lidera o ranking dos e-commerces e marketplaces mais acessados do País, seguido pela Amazon, que registrou aproximadamente 260 milhões de acessos no período. Os dados são da Semrush, plataforma de marketing digital especializada em visibilidade on-line.

A disputa pela liderança nos portais de comércio eletrônico aponta possíveis mudanças e aumento da competitividade. Com um crescimento de 30,7% nos acessos, na comparação entre setembro deste ano e de 2022, a Amazon briga para alcançar o primeiro lugar da lista.

O líder de marketing da Semrush Brasil, Erich Casagrande, avalia que o avanço do marketplace norte-americano está diretamente associado ao grande investimento da empresa no País. “Além da expansão e otimização da sua logística, a Amazon tem apostado em estratégias que fidelizam tanto vendedores quanto consumidores. Para vendedores, o e-commerce é um bom canal de exposição de produtos e possíveis vendas, enquanto para o consumidor a associação com outros produtos como o Prime, gera fidelização e benefícios diretos como frete grátis”, explica.

O especialista ressalta ainda o desenvolvimento de produtos próprios da Amazon em diversos setores, que contribuem para a identificação do usuário com a marca. “Há itens que se tornaram tão conhecidos a ponto de serem referências em suas próprias funcionalidades. Às vezes, a pessoa chama um e-reader qualquer de Kindle por assimilar a marca ao produto. O mesmo acontece com a Alexa e as demais assistentes virtuais. Isso faz com que o consumidor vá ao site da Amazon para adquirir essas marcas únicas”, comenta.

Confira o Top 10 dos e-commerces mais acessados do País

 DomínioMédia mensal de 2023 (entre jan e set)Comparação anual (set/2023 e set/22)Setembro 2022Setembro 2023
1Mercado Livre286.463.2633,5%266.190.664275.639.957
2Amazon260.717.20830,7%193.860.725253.325.101
3OLX134.249.49716,0%119.038.140138.029.852
4Ali Express125.744.1345,6%105.951.677111.908.420
5Magazine Luiza107.305.29918,0%84.351.63199.576.414
6Shopee85.111.895-13,7%94.658.44781.701.826
7Americanas47.177.455-46,4%81.445.26743.657.986
8Casas Bahia43.086.149-14,7%39.666.02933.846.274
9Kabum37.448.269-0,9%39.459.64739.091.043
10Samsung33.109.13014,4%32.181.80636.828.834

Iniciante na prática, o Mercado Livre começou a desenvolver itens próprios apenas em 2021. Erich Casagrande lembra que, recentemente, o marketplace argentino também passou a usar a assinatura digital como uma estratégia de negócio. “Apesar da empresa não possuir um serviço de streaming próprio, como a Amazon, ela investiu na parceria com a Disney+, Star+ e HBO Max, além de oferecer outros benefícios, como descontos e frete grátis. Interessante como a competitividade promove melhoras nos serviços”, pontua. 

Para o líder de marketing, a experiência do usuário com a marca é um dos principais fatores que influenciam o retorno do cliente ao e-commerce. “Tanto a Amazon como o Mercado Livre investem na otimização dos sites. Isso inclui a estética, a velocidade durante a navegação das páginas, a criação de conteúdos e a descrição detalhada de produtos, além de informações sobre pagamentos e entrega”, afirma.

Queda no e-commerce e marketplace nacional e estabilidade dos asiáticos

Em movimentação já esperada pelo mercado, após a declaração de falência da Americanas, em janeiro deste ano, o marketplace brasileiro registrou uma queda de 46,4% em setembro de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022. Como reflexo, o e-commerce Submarino, viu o tráfego cair ainda mais: 71% no último ano. 

Enquanto isso, as gigantes asiáticas se mantiveram estáveis no ranking. Com poucas mudanças, marcas como AliExpress, Shopee e Shein mantém a contínua popularidade no Brasil. “O ranking mostra como o e-commerce brasileiro está cada vez mais globalizado. Com a grande presença de empresas da América do Norte, Europa e Ásia no País, os marketplaces nacionais e regionais terão que investir em estratégias para competir com a concorrência“, conclui Casagrande. 

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