Saint-Gobain tem certificado de carbono neutro

A Saint-Gobain Canalização, com planta industrial em Itaúna, no Centro-Oeste do Estado, conquistou o certificado de Neutralidade de Carbono emitido pela ABNT em relação às emissões diretas e indiretas e remoções de gás carbônico (CO2) em seus processos industriais. A qualificação diz respeito a 2021 e indica que a remoção de CO2 proveniente das florestas da companhia foi superior às suas emissões, resultando em um sumidouro de cerca de 100 mil toneladas de gás naquele exercício.
Além da operação de Itaúna, o estudo também levou em consideração a fábrica Saint-Gobain Canalização de Barra Mansa (RJ) e o braço florestal da empresa, a PAM Bioenergia, que conta com operações na região de Bom Jardim de Minas (Sul do Estado) e em Caeté (Central).
De acordo com a diretora de Sustentabilidade da empresa, Bruna Lacerda, a PAM Bioenergia foi fundamental no processo de certificação. Criada em 2011, a unidade possui 20,6 mil hectares de florestas, dos quais 9,2 mil hectares correspondem a área de preservação permanente e reserva legal e o restante corresponde a florestas de eucalipto plantadas para a produção de carvão vegetal.
“As florestas são fundamentais para a competitividade do negócio e também estão sendo de suma importância para nossas metas de descarbonização. A nível global somos os primeiros a alcançar a neutralidade de carbono nos escopos 1 e 2. Até porque, somos as únicas plantas a trabalhar com carvão vegetal, um combustível renovável, enquanto as demais utilizam o coque, um produto fóssil do carvão mineral e muito poluidor”, explica.
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Segundo Bruna Lacerda, os estágios de emissões de gás carbônico foram assim definidos pela companhia: escopo 1: emissões diretas nos sites; escopo 2: emissões indiretas principalmente ligadas ao uso de eletricidade; e escopo 3: emissões provenientes da cadeia de valor.
Neste sentido, ela ressalta que as metas da companhia em relação à emissão de CO2 para os próximos anos preveem: até 2030, reduzir em 33% a emissão CO2 (escopo 1 e 2) e em 16% a emissão CO2 (escopo 3) e alcançar o NET Zero até 2050.
“Entendemos que a neutralização através de florestas contribui para o meio ambiente, mas não é o suficiente para o nosso objetivo. Atuando fortemente na redução de nossas emissões através de outras iniciativas e projetos, como a substituição de parte do uso de gás natural por biometano e a utilização de 100% de energia elétrica renovável”, diz.
Companhia aposta em emissões de CO2 ainda menores em 2022 e 2023
Assim, a companhia acredita que os resultados em relação a 2022 serão ainda mais positivos, com as emissões novamente inferiores às obtidas no ano anterior. A expectativa é neutralizar toda emissão de escopo 2 (energia elétrica) através da compra de energia de fontes renováveis, reduzindo em mais de 12.000 toneladas de CO2. Desde o ano passado, Barra Mansa e Itaúna passaram a contar com 100% do suprimento de energia renovável, levando a redução de emissão quase à totalidade.
E para 2023, a Saint-Gobain Canalização trabalha na implementação de outros projetos para continuidade dessa redução na emissão. Além da utilização de fontes limpas para fornecimento de energia elétrica e estudos para substituição de parte do gás natural utilizado por biometano oriundo de aterro sanitário, há ainda a utilização de resíduos sinterizados na composição da carga metálica do alto forno, reduzindo assim, também o consumo de minério de ferro, entre outros.
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