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Samba Hotéis prevê expansão em 2022

Faturamento da rede mineira deverá crescer quatro vezes neste ano sobre o ano passado
Samba Hotéis prevê expansão em 2022
A rede possui unidades em Minas, Rio, Espírito Santo, Santa Catarina e no Líbano (Beirute) | Crédito: Fred Carvalho

O faturamento da mineira Samba Hotéis deverá crescer quatro vezes neste ano sobre o ano passado. Tamanho otimismo da administradora hoteleira se deve aos diferenciais competitivos do negócio e à expansão das operações. Com 12 empreendimentos sob a bandeira no momento, a rede deverá chegar a 20 hotéis até o fim do primeiro trimestre de 2023.

Hoje, as unidades estão localizadas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e no Líbano, na capital Beirute. Mais quatro hotéis deverão ser integrados à rede até o fim deste exercício. Há operações sendo negociadas em São Paulo, no Sul de Minas, no Espírito Santo e no Nordeste.

As informações são do CEO da Samba, Guilherme Castro. Segundo ele, passado o pior da pandemia de Covid-19, o mercado está em plena recuperação. E a expectativa é de que a curva de crescimento seja mantida, culminando com um faturamento duas vezes maior em 2023.

Castro avalia que a junção dos diferenciais competitivos do negócio com a pujança do mercado é que levarão a esses resultados. “Criamos a Samba com o intuito de oferecer uma plataforma bilateral. Administrando hotéis pensando no cliente, no hóspede, mas, ao mesmo tempo, voltando o olhar para outro importante stakeholder: o investidor. Porque grandes redes possuem processos, modelos, nomes, mercado. Mas deixam a desejar na hora de criar valor para uma grande cadeia do negócio, que são os investidores”, explica.

E foi assim que surgiu a Samba em 2014. Desde então, conforme o executivo, a rede vem trabalhando e salvando muitos negócios hoteleiros por aí. A receita, segundo ele, está no aumento da liquidez dos ativos: “Empreendimentos hoteleiros têm alta barreira de entrada e alta barreira de saída. Quando aumento a liquidez, reduzo essa última. De lá para cá fizemos viradas de bandeiras de diversos hotéis. Não somos os melhores, mas oferecemos um modelo de negócio estruturado que olha para o investidor como um importante steakholder”, diz.

Castro: modelo da Samba Hotéis foi muito bem aceito | Crédito: Fred Carvalho

Hotéis sofreram durante a pandemia

Os setores de turismo e hotelaria estão entre os mais castigados pela pandemia. Neste contexto, a Samba, que já nasceu flexível, teve mais um diferencial, e na contramão do setor, expandiu durante a crise. Para o CEO, a flexibilidade foi fundamental para isso, principalmente diante da robustez que das grandes redes, que apesar de bem estruturadas, também são muito pesadas e, com isso, sofreram um impacto maior.

“Nesta perspectiva de instabilidade, o modelo de negócio da Samba foi muito bem aceito pelo mercado, porque se queremos fazer com que o negócio do investidor funcione, precisamos ser flexíveis. Assim, sob o ponto de vista econômico, penso como o economista austríaco Joseph Schumpeter, que defendia que ‘crises são destruição criativa’. É um momento de desespero onde muitos perdem, mas que quem tem um olhar de adaptação colhe frutos. Foi o que aconteceu conosco. Abrimos seis hotéis neste período”, afirma.

Assim, a empresa passou pelo primeiro ano da pandemia sem prejuízos e com resultados ainda um pouco acima do ponto de equilíbrio. Já em 2021 os resultados foram quase 1,5 vezes maior que o apurado antes da crise, em 2019. O primeiro semestre de 2022 já aponta resultados quatro vezes maiores que o de 2021. Isso em termos de ocupação e diária média, considerando os públicos corporativo e de lazer.

“E também tivemos o aumento do número de hotéis. Mas o mais gratificante é, na verdade, ver hotéis que pegamos em situação de dificuldade, passaram a ser rentáveis. Alguns já chegaram, inclusive, a um patamar 30% acima. O negócio da Samba se baseia no capitalismo-raiz: é preciso lucro para ter sustentação, remunerar bem o investidor e contratar pessoas. O negócio tem que dar lucro para ser sustentável”, finaliza.

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