Sebrae comemora 50 anos de fundação
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) chega aos 50 anos de atuação com a missão de continuar transformando negócios, empreendedores e o ambiente econômico em prol do desenvolvimento do Estado. Se palavras como inovação e pioneirismo marcaram o primeiro século desta história, também prometem alavancar as próximas ações e projetos da entidade, garantindo que a sintonia entre passado, presente e futuro proporcione perenidade e competitividade aos negócios mineiros.
A importância dessa rede de trabalho se justifica pelos números dos pequenos negócios em Minas Gerais. Ao todo são mais de 3 milhões de empreendimentos formais, que respondem por 58% dos empregos e 40% dos salários pagos no Estado. O segmento representa 99% das empresas ativas nos municípios mineiros.
O superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha, recorda que a trajetória da entidade até aqui foi marcada por muitos desafios e ajustes, porém, sempre pautada pela confiança na força do empreendedorismo. Para isso, diante de diferentes cenários econômicos, políticos e sociais, a entidade vem, desde a sua fundação, se reinventando como agente do desenvolvimento. Com soluções, programas e projetos para fortalecer os pequenos negócios, articulando iniciativas junto ao poder público e às mais diversas organizações setoriais, sempre com o propósito de impulsionar o empreendedorismo.
“O Sebrae é um Brasil que deu certo. Nasceu pela vontade e iniciativa de pioneiros em um contexto em que micro e pequenas empresas eram sequer consideradas para o desenvolvimento. A entidade chega para orientar não apenas sob o ponto de vista da gestão, mas também da tomada de crédito. Desde o início, a entidade busca ter uma atuação de referência”, resume.
Tecnologia e inovação
Em vistas de tornar tantos objetivos em realidade, investimentos em tecnologia, conhecimento e inovação sempre foram prioridade. Prova disso é que para acompanhar a evolução das micro e pequenas empresas, por exemplo, a instituição desenvolveu soluções que suportaram os pequenos negócios, tanto nos momentos de prosperidade quanto nos difíceis. São diversos projetos impactantes e transformadores, entre eles a Escola Técnica de Formação Gerencial (ETFG), hoje Escola do Sebrae, o Educampo e o Núcleo de Empreendedorismo Juvenil (NEJ).
“O Sebrae Minas vai além e foca também na educação. Tanto que em 2010 fomos escolhidos pelo Sebrae Nacional para responder, em nível nacional, pelo Centro de Referência em Educação Empreendedora (CER), uma plataforma digital de estudos, pesquisas, ferramentas e tecnologias sobre o tema”, destaca.
Sebrae trabalha por ambiente favorável
Mas o trabalho não para por aí. Rocha enfatiza que o Sebrae Minas inova dia a dia para oferecer soluções adequadas às necessidades das micro e pequenas empresas e à criação de um ambiente favorável ao empreendedorismo. Dessa maneira, também realiza um amplo trabalho de articulação e apoio na elaboração e implementação de políticas públicas e medidas legais que ajudam a garantir melhores condições de competitividade e sustentabilidade aos pequenos negócios.
Um exemplo dessa atuação está na Abordagem DEL – Desenvolvimento Econômico Local. Trata-se de um modelo de intervenção criado, em 2016, para apoiar o poder público municipal e as lideranças locais na estruturação de iniciativas e projetos que contribuam para estimular o empreendedorismo, os pequenos negócios e o progresso.
E mais. A instituição promove mudanças e melhorias internas de maneira a acompanhar as transformações impostas pelo contexto, seja ele local, nacional ou exterior. O objetivo é sempre oferecer aos empreendedores o suporte necessário para superar os desafios e impulsionar os negócios. Tanto que, diante dos inúmeros desafios impostos pela pandemia aos empreendedores, o Sebrae se consolidou como um serviço essencial à sociedade.
Em meio às turbulências provocadas pela suspensão das atividades presenciais de vários segmentos, a instituição ofereceu amplo acesso aos empreendedores a produtos e serviços para a atualização dos seus modelos de negócio, por exemplo. “Também tivemos que nos reinventar. É claro que o Sebrae continua muito forte no presencial com os atendimentos físicos, mas agora também estamos muito presentes no digital”, diz.
Os números evidenciam os resultados do trabalho. Somente nos quatro primeiros meses de 2022, as micro e pequenas empresas (MPEs) mineiras geraram um saldo de 53.977 novos postos de trabalho, o que representa 74,6% do saldo total do Estado. O resultado é quatro vezes maior que o saldo gerado pelas empresas de médio e grande porte, que fecharam o mesmo período com um saldo de 18.333 vagas, 25,4% do total.
Por fim, o superintendente elenca os desafios para o futuro. 1 – fazer o conhecimento chegar a 100% das micro e pequenas empresas do Estado, tarefa nada simples diante da robustez do mercado em Minas Gerais; 2 – conscientizar o empreendedor que o Sebrae é uma agência de apoio disponível para auxiliá-lo; 3 – manter a sobrevivência e apoiar negócios em um contexto complexo e com interferências externas a todo o momento, como pandemia, guerra, inflação, etc. “A agilidade, a inovação e a renovação é que vão nos permitir conviver e sobreviver a todas essas situações”, conclui.
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