Setor de Turismo inicia recuperação e prevê um 2022 promissor

Apesar de toda a insegurança trazida pelas novas variantes do coronavírus responsável pela Covid-19 e a manutenção de boa parte das medidas de restrição de deslocamentos no Brasil e no mundo, o setor de turismo de Belo Horizonte já deu sinais de recuperação neste segundo semestre e aguarda por um novo ano mais auspicioso.

A conclusão é do Sindicato Patronal de Hotéis, Motéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindhbares). Na tradicional coletiva de fim de ano concedida pelo presidente do sindicato, Paulo César Pedrosa, o resultado do balanço surpreendeu com o anúncio de uma ocupação média dos hotéis da Capital entre 65% e 75% na segunda metade de 2021. Boa parte desse índice se deve a um, ainda, mais surpreendente mês de dezembro, que pode chegar ao fim batendo a casa dos 85% de ocupação.

“Mesmo com todas as dificuldades e a crise econômica, as pessoas estão ansiosas por voltar a ter uma vida minimamente normal e isso inclui poder viajar. O avanço da vacinação e o controle da Covid-19 e a retomada dos negócios, principalmente, justificam esse resultado. Dezembro foi um mês ainda melhor, muito por causa dos concursos realizados na cidade. Para o próximo fim de semana praticamente não existem mais vagas em Belo Horizonte”, explicou Pedrosa.

No último domingo (12), 28 mil candidatos prestaram prova para o concurso público da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Belo Horizonte, para os cargos de médico-legista, perito criminal e investigador de polícia. O segundo dia de provas será no próximo domingo (19), desta vez para as carreiras de delegado de polícia e escrivão de polícia

Enquanto respiram um pouco mais aliviados em busca de recuperar ao menos parte dos prejuízos dos últimos dois anos, hoteleiros e gestores de outros segmentos da cadeia produtiva do turismo se preparam para 2022 ainda muito incerto do ponto de vista sanitário e também da economia.

Bares e restaurantes seguem a mesma trilha e começam a se recuperar. A cidade, que chegou a perder 4 mil estabelecimentos de alimentação fora do lar, já começa a recontratar.

Se mantendo positivo, o dirigente aposta numa retomada forte do turismo de negócios e lamenta a indefinição sobre o Carnaval de Belo Horizonte. Ainda que considere acertada a decisão de cerca de 200 municípios mineiros, incluindo a Capital, de não promoverem a festa de passagem de ano e o Carnaval, essas eram datas aguardadas pelo setor. Belo Horizonte ainda estuda datas alternativas e a possibilidade de haver eventos privados.

“Ainda que a Prefeitura não promova o edital, é impossível proibir as pessoas de irem para as ruas. Por isso acredito que Belo Horizonte receba uma boa quantidade de visitantes no período, talvez algo próximo de dois milhões ao longo do mês de fevereiro. Para uma cidade que já atingiu a marca de 4,5 milhões e em que a festa estava em pleno crescimento, isso é possível”, prevê o presidente do Sindhbares.