Setor será de livre concorrência

A busca por processos inovadores dentro da Cemig é fruto de uma percepção de que o mercado de energia vai sofrer uma grande alteração, conforme explica o Diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Cemig, Thiago de Azevedo Camargo. Ele frisa que o setor energético não é mais um monopólio e que não demora até que os consumidores possam comprar energia por meio de um aplicativo e escolher as diferentes fontes.
Segundo ele, essa mudança de mindset não é fácil e, até 2017, esse conceito de alteração do modelo de negócio não estava claro na companhia. “A ideia da geração distribuída como um mercado concorrente ainda era latente, mas nós tivemos que mudar esse pensamento. Hoje, não tenho medo de dizer que o nosso objetivo é colocar a inovação no centro da estratégia de futuro da Cemig. Precisamos entender, definitivamente, que o negócio da Cemig não pode ser mais vender energia, mas prestar serviços com soluções cada vez mais inovadoras”, afirmou.
O superintendente de Tecnologia, Inovação e Eficiência Energética da Cemig, Carlos Renato França Maciel, afirma que a quebra do paradigma do modelo de negócios linear é uma ação estratégica para que a Cemig continue crescendo no cenário da indústria 4.0. “O setor elétrico terá seu modelo completamente transformado. Ou mudamos ou outros entrarão e tirarão a nossa fatia. As pessoas vão gerar sua própria energia, elas vão carregar seus carros elétricos: isso vai acontecer, e não tem como não entrar nisso”, frisa.
O superintendente lembra que essa mudança de minsdset e o entendimento de “uma nova Cemig” passa pela diretoria, mas também pelos colaboradores. “A média de idade dos nossos funcionários é 45 anos, ou seja, uma geração pré-digital. São pessoas que terão que receber formação na área de tecnologia e se adaptar a essa nova cultura. É um esforço da área de inovação, mas que também envolve muito a gestão de pessoas”, afirma. (TB)
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