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Shein abre marketplace para empreendedores mineiros

Com expansão focada em Minas Gerais, plataforma quer chegar a 3 mil vendedores até julho
Atualizado em 22 de maio de 2024 • 10:00
Shein abre marketplace para empreendedores mineiros
Raul Jacob, diretor de Marketplace da Shein no Brasil | Crédito: Wanezza Soares

Gigante global, a varejista on-line de moda, Shein, deu início à sua primeira operação de marketplace em abril de 2023, começando com vendedores de São Paulo. Agora, o foco é Minas Gerais. A plataforma já tem mil vendedores mineiros cadastrados e a expectativa é chegar a 3 mil até o fim de julho, e também atingir a marca de 30 mil pedidos por dia neste período.

De acordo com o diretor de Marketplace da Shein no Brasil, Raul Jacob, a logística já foi ativada em 42 cidades no Estado. O plano é chegar a 59 até o fim de junho e cobrir todo o território mineiro até o fim do ano.

“Começamos em São Paulo, estudando a região do Brás que concentrava um grande volume de CNPJs na nossa área de atuação, que é a moda. Lá, conseguimos entender o funcionamento do varejo de vestuário e desenvolvemos em conjunto a plataforma. Agora, operamos também no Rio de Janeiro e anunciamos a abertura do canal em Minas. Já tínhamos mil vendedores pré-cadastrados no Estado e logística ativada em 42 cidades. Minas é um território muito importante e acreditamos que o marketplace da Shein seja uma grande oportunidade para levarmos produtos locais, reconhecidos pela originalidade do povo mineiro, para todo o País”, explica Jacob.

O marketplace local da Shein já representa 55% das vendas da empresa no Brasil. O número reflete um aumento de 10% desde novembro de 2023, quando o marketplace representava 50% das vendas no Brasil. Já são mais de 15 mil vendedores no País, um aumento de 50% no número de vendedores desde novembro de 2023.

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Acompanhamento de vendedores e Universidade Shein

Para ser aceito na plataforma, o vendedor precisa atender a uma série de requisitos de acordo com sua categoria. Não existe contrato, e o vendedor pode desativar o produto a qualquer momento sem nenhuma penalização. A comissão de 16% nas vendas para a plataforma não é cobrada nos 30 primeiros dias.

“Quem está fora das cidades ativadas já pode fazer o pré-cadastro. Sempre acompanhamos muito de perto nossos vendedores, e nos 30 primeiros dias, ainda mais. É um momento de muito aprendizado, quando eles conhecem a nossa forma de trabalhar e todas as ferramentas que disponibilizamos. Temos, além disso, uma escola on-line – a Universidade Shein – com muitos materiais educativos em diferentes formatos”, pontua o diretor de Marketplace da Shein no Brasil.

A companhia alcança clientes em mais de 150 países e tem como centros de operação-chaves os escritórios de Singapura, da China, e dos Estados Unidos. O marketplace da Shein desenvolvido no Brasil é um piloto para que o canal seja implantado em outros países. Estados Unidos e México já estão em testes.

Estratégias para agilizar a entrega dos produtos

O prazo de entrega cada vez mais ajustado é visto pela plataforma como um dos seus principais diferenciais. Para que isso seja possível, a empresa usa diferentes estratégias e métricas. Do vendedor é exigido, por exemplo, ser capaz de preparar o produto em, no máximo, 24 horas. A Shein conta com parceiros logísticos estratégicos espalhados pelo Estado para oferecer serviços de coleta diretamente nas lojas dos vendedores do marketplace. Dependendo do volume de vendas diárias, a empresa também disponibiliza pontos de coleta para os vendedores.

Em Minas, a empresa possui 10 cidades-foco:

  • Uberlândia e
  • Uberaba, no Triângulo Mineiro;
  • Juiz de Fora, na Zona da Mata;
  • Divinópolis e
  • Nova Serrana, no Centro-Oeste;
  • Contagem e
  • Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH);
  • Montes Claros, no Norte de Minas;
  • Ipatinga, no Vale do Aço;
  • além da Capital.

“É comum os nossos clientes comprarem em diferentes vendedores dentro da plataforma e para que ele receba apenas um pacote, centralizamos os pedidos no CD (centro de distribuição) em Guarulhos (SP). Dessa forma otimizamos o trabalho e diminuímos as emissões de carbono. Também utilizamos os Correios para uma parte da entrega. O importante é que a logística seja a mais rápida para quem compra, a mais eficiente e barata para o ecossistema vendedor e a mais responsável ambientalmente que conseguirmos”, afirma Jacob.

Produção local

Junto com o marketplace, a Shein segue investindo na produção local. O formato é de parceria com fábricas de vestuário locais que fabricam produtos para ser vendidos com a etiqueta “Shein”. Esses produtos podem ser desenhados pela companhia ou pelos parceiros e aprovados pela plataforma. Já são 12 fábricas parceiras no Brasil e existe interesse em abrir esse modelo de parceria também em Minas Gerais. O objetivo da Shein é que até o fim de 2026 os itens produzidos localmente no Brasil sejam distribuídos em toda a América Latina. Além da China, existe produção local apenas no Brasil e na Turquia. 

“Temos um compromisso muito forte com o Brasil e o desenvolvimento local. Até o final de 2026, 85% das nossas vendas aqui devem ser dos parceiros locais – marketplace e produtores -, dependendo cada vez menos da importação. Minas tem um papel muito importante dentro desse plano, se mantendo entre os cinco principais mercados dentro do Brasil, tanto em termos de vendedores como de volume de vendas”, completa o diretor de Marketplace da Shein no Brasil.

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