Cervejaria Slod amplia capacidade produtiva para 100 mil litros/mês

Com apenas três anos de mercado, a Cervejaria Slod, localizada no polo das cervejas artesanais, no Jardim Canadá, em Nova Lima (RMBH), comemora a boa fase.
Os sócios Cristhian Ayres e Rauzer Pereira fundaram a empresa em maio de 2018 e de lá para cá triplicaram o número de funcionários e obtiveram um crescimento relevante na pandemia. Apesar dos desafios impostos pelo período, saltaram de uma capacidade de produção de 20 mil litros por mês para 100 mil litros por mês.
Com o desempenho, o crescimento previsto para 2021 é de 108%. E para atender o aumento da demanda, novos investimentos estão sendo realizados na capacidade de produção. Embora não revelem o montante aportado, a expectativa é que atinjam a capacidade de 200 mil litros/mês em meados do ano que vem.
De acordo com um dos sócios, Rauzer Pereira, hoje, a fábrica já está operando no limite de produção. “Em novembro já chegam os novos maquinários que vão permitir um aumento inicial para 140 mil litros por mês. Com esse primeiro salto já vamos conseguir atender alguns pedidos de clientes novos que temos recusado, devido à ocupação da fábrica”, revela.
Pereira conta que a chegada da pandemia estremeceu os negócios da Slod da mesma forma como fez com outras cervejarias artesanais. O diferencial, segundo ele, ocorreu na maneira como ele e o sócio lidaram com a adversidade.
“Não suspendemos a produção. Tivemos que nos reinventar, trabalhar mais as vendas em supermercado e no e-commerce e focar nas garrafas no lugar do chope. Mas valeu, pois com as decisões estratégicas que tomamos conseguimos manter todo o quadro de funcionários, não tomamos crédito e aumentamos as vendas”, recorda.
Segundo ele, isso foi possível também porque a empresa já vinha com gestão financeira saudável. Mas contou também o que o empresário chamou de “sensibilidade comercial” e uma expertise em parceria e acolhimento com fornecedores e clientes.
“Nesse momento tão difícil isso fez a diferença. Ao contrário de muitas cervejarias que deixaram a turma de lado, mantivemos as parcerias, renegociamos prazos e pagamentos e a marca explodiu. A partir disso ficamos ainda mais conhecidos e demandados até por quem ainda não era nosso cliente”, conta.

Antes da pandemia, 90% da demanda era por barril de chope, enquanto 10% por garrafas de cerveja. Isso se inverteu durante alguns bons meses e agora já até superou o perfil anterior, com uma marca de 95% barril e 5% garrafa.
Pereira destaca que a Slod tem como missão trabalhar com insumos de qualidade e procedência, produção com qualidade, capital próprio, expertise na equipe comercial e a partir dessas premissas, o lucro e o crescimento vem de forma natural. A marca é encontrada na Capital, em cidades do entorno, em Itabira, Pará de Minas, Governador Valadares e na Zona da Mata mineira.
Com a expansão, conforme o empresário, a ideia é ir também para outros estados. São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília são algumas das capitais pretendidas pela empresa. “Queríamos nos consolidar no mercado mineiro primeiramente. Agora já vamos entrar nestas cidades”, diz.
A empresa hoje concentra 99% das vendas nos pontos de vendas, supermercados, bares e restaurantes. Com 9 rótulos nas prateleiras, as campeãs de venda são a Pilsen, IPA e a American Wheat – Lemon. Mas ainda tem a APA, Pale Ale – Extra Special Bitter, NEIPA, DryStout Cacau, AmberLager e a Double IPA que é o próximo lançamento.
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