Startup de mobilidade quer quadruplicar faturamento em 2023
Integrante do ecossistema de startups da Farma Ventures, a Fui App inicia seu primeiro ciclo de expansão e planeja quadruplicar o faturamento em 2023. E a empresa focada em soluções de mobilidade urbana enxerga nas farmácias o alvo para alcançar essa meta.
Os números justificam a escolha por esse setor. Segundo a consultoria Iqvia, o faturamento do varejo farmacêutico com as vendas on-line teve um consistente crescimento de 52% nos últimos 12 meses até setembro, em relação ao mesmo período anterior.
“E com a pandemia, esse segmento se viu obrigado a acelerar sua digitalização. Ao mesmo tempo, precisou se adaptar a um consumidor que cada vez mais demanda precisão e velocidade na entrega dos produtos via delivery”, contextualiza o CEO da Fui App, André Justino.
Com base em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a Fui App iniciou operações em agosto de 2021 com a proposta de ajudar estabelecimentos comerciais na chamada última milha. Deve encerrar o ano com R$ 1,8 milhão de faturamento e atendimento também a supermercados e restaurantes. No canal farmacêutico, já trabalha com grandes redes regionais como Drogaria Minas-Brasil e Farmácia Indiana, além de intensificar negociações com grupos que operam em todo território nacional. O plano é somar 9 mil PDVs em dois anos.
Cooperativa – O app de mobilidade tem uma rede de 17 mil motoristas e motoboys credenciados, com os quais vem procurando estabelecer uma relação diferenciada – por meio de descontos em combustível, consultas com psicólogos e cursos profissionalizantes. Agora, a startup decidiu estruturar uma cooperativa para fidelizar os condutores mais frequentes, hoje em torno de 2 mil.
“É uma estratégia para aprimorar os serviços de entrega e melhorar o nível de satisfação dos profissionais envolvidos nesse processo. Além disso, podemos lapidá-los para reforçar nossa operação no middle mile, quando o produto sai do centro de distribuição para a loja. Isso ajudará a diluir custos da farmácia e evitar qualquer risco de passivo trabalhista”, enfatiza.
A Fui App presta todo o suporte logístico aos varejistas. As empresas podem monitorar a entrega passo a passo e em tempo real por meio de um painel de gestão, que pode ser segmentado por cliente e por estabelecimento.
De forma automatizada, o aplicativo cria a roteirização para cada motorista, além de dispor de uma ferramenta que elimina eventuais incongruências entre o cadastro das lojas e o endereço atual do consumidor. O cliente recebe o status da entrega via WhatsApp, onde pode avaliar o motorista ou motoboy.
A plataforma é 100% customizável para integração com outros softwares e programas de ERP e CRM das farmácias. “É a solução para uma das grandes dores do varejo. A última milha separa um cliente satisfeito da concorrência. Por isso asseguramos apoio operacional à startup, com a intenção de conectá-la com o setor farmacêutico e a futuros investidores”, endossa o diretor de operações da Farma Ventures, Giovanni Oliveira.
MG é o 2º Estado que mais adere ao consórcio
Os mineiros estão, cada vez mais, aderindo ao consórcio para adquirir um novo veículo, segundo o Klubi, única fintech autorizada pelo Banco Central (Bacen) para operar como administradora de consórcios no País. O Estado é o segundo na lista das regiões que optaram pela modalidade, sendo responsável por 11% de todos os contratos assinados na empresa em 2022.
Considerado uma modalidade de crédito e uma poupança, ao mesmo tempo, o consórcio funciona a partir de um grupo de pessoas (físicas ou jurídicas) que, com o mesmo desejo, investem uma quantia mensal à administradora como o Klubi, com o objetivo de adquirir um bem ou serviço específico. Não há necessidade de aporte inicial e nem há taxa de juros. No Brasil esse setor está em franca expansão. Em 2022, de janeiro a novembro, o mercado de consórcios originou mais de R$ 230 bilhões em créditos, o que representa um crescimento de 16% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira de Administradora de Consórcios (Abac). “Nossa expectativa diante do cenário realizado nos últimos anos e o contexto da economia é que esse segmento deve continuar crescendo em 2023”, afirma o CEO e fundador do Klubi, Eduardo Rocha.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito, divulgados em julho deste ano, Minas Gerais é o estado que possui a segunda maior frota de automóveis do País, com mais de 6,8 milhões de carros nas ruas, perdendo apenas para São Paulo, que possui acima de 19,4 milhões de automóveis. “Para lazer ou trabalho, ainda mais com a ascensão de pessoas que geram renda por meio de aplicativos de transporte, a nossa base de dados atesta esses dados, pois mostra o interesse dos mineiros em adquirir um automóvel e, por isso, hoje o Estado está no topo da nossa estratégia de negócio”, comenta Rocha.
O consórcio automotivo pode ser realizado para carros novos ou seminovos, depende do desejo e do bolso do consumidor. Os diferenciais dessa modalidade em relação ao financiamento é que no consórcio não há entrada, as parcelas não têm juros, o prazo para pagamento é até 100 meses, a mensalidade é bem mais acessível, não há exigências financeiras e a pessoa consegue se planejar, pois na prática há um comprometimento baixo da renda.
“Com o aumento das taxas de juros, do valor dos automóveis e a burocratização das linhas de crédito, o consórcio é uma oportunidade para a compra de veículos e deve ser uma grande tendência nos próximos anos, já que no Brasil menos de 30% das famílias têm um carro na garagem. Para quem não tem o dinheiro em caixa ou não quer se sujeitar às altas taxas de juros dos financiamentos, a melhor opção é realmente um plano de consórcio”, completa o executivo.
O ranking de novos negócios do Klubi tem São Paulo em primeiro lugar com 42%, seguido por Minas Gerais com 11% e Goiás com 7% dos planos adquiridos de consórcio automotivo. Entre os cinco primeiros ainda estão Paraná e Rio de Janeiro, ambos com 5% de participação. “Nosso foco em 2023 será expandir a nossa base de clientes nesses estados e continuar entregando a melhor experiência entre todas as administradoras de consórcio”, reforça Rocha.
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