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Startup belo-horizontina quer liderar mercado nacional de inteligência artificial

Empresa começou como uma vertical da Framework e já se tornou independente
Startup belo-horizontina quer liderar mercado nacional de inteligência artificial
Enquanto as big techs estão construindo modelos gigantes, a nossa proposta é criar milhares de pequenos modelos, afirma Geraldo Neto | Crédito: Divulgação Vórtice

Criada em 2024, com o propósito de explorar e desenvolver soluções na vanguarda da tecnologia e do conhecimento em inteligência artificial (IA), a Vórtice promete inovações eficazes no campo da IA para transformar operações e impulsionar negócios.

Com sede no bairro Funcionários (região Centro-Sul), a empresa começou como uma vertical da Framework e já se tornou independente. A startup oferece tecnologias de ponta como o fine-tuning de modelos LLMs personalizados e ferramentas RAG (Recuperação de Informações Aprimorada).

O mais recente lançamento é, de acordo com o CTO da Vórtice, Geraldo Neto, o “Prompt First by Vortice.ai”, que simplifica interações complexas, otimizando operações e criando valor estratégico para empresas de diversos setores.

E, agora em abril, durante o Web Summit, no Rio de Janeiro, será a vez do Deep Reflexion, uma nova arquitetura de IA que permite que cada usuário construa a sua própria inteligência artificial e que elas possam conversar entre si, acelerando o processo de aprendizagem e otimizando resultados.

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“Enquanto as big techs estão construindo modelos gigantes, a nossa proposta é criar milhares de pequenos modelos. A ideia é ter pessoas cadastradas e cada uma ter o seu próprio modelo. Elas vão alimentando e disponibilizando conhecimento. Pequenos cérebros que se conectam e se ajudam e, pela diversidade, o resultado é muito mais rico. Com os pequenos modelos, o direito autoral também fica mais protegido e com espaço de fala”, explica Geraldo Neto.

O objetivo da empresa é trabalhar pontos críticos para o uso da inteligência artificial no Brasil, como as questões regulatórias relacionadas ao uso de IA no País e a dependência de hardwares especializados, como GPUs, fundamentais para o treinamento de algoritmos avançados.

“O Brasil é um país continental, então a gente tem muito espaço para criar soluções e ser uma big player atuando apenas no mercado interno. Em um país tão desigual, a gente pretende trazer soluções para democratizar o acesso para as pequenas empresas e para cada pessoa. Para isso, ter infraestruturas e tecnologias soberanas é fundamental. O Brasil adere à tecnologia, o uso de IA no Brasil é maior do que nos Estados Unidos. O brasileiro precisa de tecnologia. Temos uma população muito grande buscando soluções para crescer na vida”, pontua.

Para expandir, a startup, claro, precisa de mais profissionais qualificados. Diante da feroz disputa global por talentos em tecnologia da informação, mais uma vez, a aposta é no próprio uso da inteligência artificial para aumentar a produtividade e aproveitar melhor os profissionais disponíveis.

“É um gargalo que pretendemos resolver com a própria tecnologia. Tendo agentes para escrever códigos, por exemplo, o programador não precisa ser tão sênior. Não pensamos em substituir pessoas. O propósito é ter os profissionais produtivos, valendo muito mais, dando mais resultado”, afirma o CTO da Vortice.ia.

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