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Startup mineira torna-se pioneira ao oferecer MBA totalmente feito por celular

Startup mineira torna-se pioneira ao oferecer MBA totalmente feito por celular
Ricardo Drummond: MBA da mLearn tem carga horária de 360 horas | Crédito: Divulgação

De opção para os mais afeitos à tecnologia e com menos tempo a único caminho durante a pandemia, a educação on-line mudou de patamar e se diversificou ao longo dos últimos 22 meses. Plataformas especializadas em conteúdo educacional viveram uma oportunidade de ouro e nunca cresceram tanto. De acordo com o Google Trends e Adwords, somente nos 10 primeiros dias de maio de 2020, o crescimento nas buscas por cursos de pós-graduação a distância em relação à média dos últimos cinco anos foi de 483%.

Antecipando esse cenário, a mLearn Educação Móvel, startup mineira especializada em cursos para a nova economia, através da plataforma Qualifica Cursos, lançou o MBA em Liderança para o Futuro, o primeiro MBA totalmente feito por celular do Brasil, ainda em 2018. Mas foi no ano passado, porém, que a iniciativa se tornou certeira.

De acordo com o fundador da mLearn Educação Móvel, Ricardo Drummond, o Qualifica tem como modelo de negócio fechar acordos com empresas que ofereçam o acesso aos cursos como um benefício para os seus clientes ou o usuário pode comprar direto nas lojas de aplicativos. A Claro disponibiliza o Qualifiva como um serviço de valor adicionado via direct carrier billing, assim como 250 pequenos provedores de internet, segmento que a empresa quer se aprofundar em 2021.

“O MBA tem carga horária de 360 horas e é voltado para o desenvolvimento de novos líderes no contexto de empresas digitais. Com uma grade moderna, que inclui disciplinas como metodologias ágeis e pactuação de metas e resultados, o MBA tem como diferencial poder ser feito inteiramente pelo celular, com os conteúdos baixados pelo aplicativo. A pandemia acabou com as dúvidas sobre a legitimidade sobre os processos de educação remota”, explica Drummond.

Fundada em 2013, a edtech tem na plataforma o seu principal produto, oferecendo mais de 120 cursos de desenvolvimento profissional e pessoal. Cerca de 500 mil alunos de todo o País já passaram pela plataforma. Com um faturamento de R$ 3,1 milhões no ano passado, a meta é chegar a R$ 6,3 milhões até o final de 2021.

Dois dos principais desafios enfrentados são as dificuldades inerentes ao processo de aprendizado via dispositivos móveis, que são minimizadas com a experiência, e a qualidade da conexão no Brasil.

“Esses desafios estão sendo resolvidos pelo próprio mercado. O número de pequenos provedores locais tem crescido muito no Brasil. Temos parceria com mais de 250 provedores regionais. Antes, quando eram só quatro empresas, a maioria da população ficava desassistida. Normalmente formatamos combos com eles, agregando valor ao serviço prestado por esses provedores e aumentando a nossa capilaridade. O 5G tem potencial para acelerar esse processo, especialmente na questão da estabilidade da conexão”, avalia o empresário.

Para ele, passada a tragédia da Covid-19, a educação encontrará um terceiro caminho: o híbrido, onde professor e aluno construirão uma relação mais profunda e de responsabilidade mútua, fazendo dos encontros presenciais um espaço para a construção de dinâmicas e laboratórios que irão enriquecer o conteúdo disponibilizado na rede.

Desde sua fundação, a mLearn já investiu mais de R﹩ 4 milhões no desenvolvimento da plataforma Qualifica. Para viabilizar o crescimento, a empresa criou em 2019 um plano de Employee Ownership.

“Tornamos nossos colaboradores, sócios. Assim mantemos os talentos conosco. Esse ano são 13 novos sócios. Em um cenário de disputa global por mão de obra, essa é uma estratégia interessante. O Brasil forma excelentes profissionais e o assédio internacional sobre eles é muito grande”, completa o fundador da mLearn.

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