Negócios

Steel Frame avança como sistema construtivo no Brasil

Modalidade é considerada mais ágil e sustentável que a tradicional alvenaria, com desperdício que não ultrapassa os 3%
Steel Frame avança como sistema construtivo no Brasil
Empresa que completou dez anos de mercado cresceu 600% durante a pandemia | Foto: Acervo Metal Light

Completando 10 anos no mercado, Metal Light – empresa especialista em Light Steel Frame (LSF) –, com sede no bairro Castelo (região da Pampulha), comemora o crescimento do mercado e das suas atividades, com projetos desenvolvidos em todo o País.

O Light Steel Frame é um sistema construtivo considerado mais ágil e sustentável que a tradicional alvenaria. De acordo com o sócio fundador e diretor operacional da Metal Light, Gustavo de Freitas, com o LSF uma obra pode ser finalizada com prazo cinco vezes menor do que no sistema convencional.

A tecnologia steel frame também é conhecida como construção a seco e utiliza perfis de aço para as estruturas. “A flexibilidade do sistema permite uma execução mais precisa e personalizada. O LSF gera menos resíduos, contribuindo para uma obra mais limpa e sustentável. Enquanto a alvenaria tem, em média, 25% de desperdício de material, no nosso caso, não ultrapassamos os 3%”, destaca.

Segundo o CEO da Metal Light, Roney Alves, o mercado para o steel frame ainda é um “oceano azul” no Brasil e a previsão é que ele cresça exponencialmente nos próximos anos, impulsionado pela publicação, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da NBR 16970, em 2022.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


“O steel frame é muito comum nos Estados Unidos e na Europa, porém no Brasil não alcança mais de 3% das construções. A partir da publicação da norma, essa técnica deve passar a fazer parte do currículo das faculdades. Ao mesmo tempo, trabalhamos para mostrar ao mercado e clientes a vantagem do sistema. Durante a pandemia, crescemos 600%. Foi uma loucura, porque crescer tanto num período tão curto é muito difícil. A nossa expectativa é de, no mínimo, nesse próximo ano crescer 50%”, afirma Alves.

Para suportar o crescimento, o empresário aposta na formação de mão de obra própria. Há cinco anos a empresa abriu a Steel Frame Academy, que oferece cursos para montador, além de qualificação para engenheiros, arquitetos e investidores.

“Assim nós temos condição de levar mão de obra para fazer uma obra em qualquer lugar do País. A nossa mão de obra é mais especializada, mas se equivale em termos de números na hora de entregar a obra. Eu produzo muito mais com menos pessoas”, destaca.

Steel Frame
Entre as obras que utilizam o steel frame, as residências lideram, com 61%, segundo a Abcem | Foto: Acervo Metal Light

De acordo com dados da Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem), na proporção entre as obras que utilizam o steel frame, as residências lideram, com 61%; seguidas pelos empreendimentos comerciais; 17,1%; indústrias, 16,4%; e fachadas, 5,5%.

Além das novas obras, a técnica também é indicada para expansões e reformas, inclusive de edificações originais em alvenaria. Em Belo Horizonte, a aprovação da “Lei do Retrofit” (Lei 11.783/24), que visa revitalizar o centro da cidade através da requalificação de edifícios antigos, promovendo moradia e modernização do parque imobiliário, tem potencial para aumentar o uso do steel frame na Capital. A lei flexibiliza exigências do Código de Edificações, facilitando a transformação de imóveis subutilizados em residenciais e outros usos, com incentivos fiscais e medidas de estímulo à habitação social.

“É possível fazer adaptações e expansões horizontais e verticais. Temos muito essa demanda porque o home office se tornou uma realidade pós-pandemia e as pessoas precisam de um ambiente com muito mais isolamento e conforto. E o light steel frame proporciona isso para o cliente de uma forma muito tranquila. A tendência do LSF hoje é de um crescimento exponencial por ser um sistema, comprovadamente, mais barato, durável, e sustentável”, completa o CEO da Metal Light.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas