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Superintendência do Cade aprova união de Soma e Arezzo&Co

A recomendação vira aprovação efetiva pelo órgão regulador caso não haja manifestação contrária ou recursos no prazo de 15 dias
Superintendência do Cade aprova união de Soma e Arezzo&Co
Crédito: Divulgação / Arezzo

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a aprovação, sem restrições, nesta terça-feira da união entre o Grupo Soma e a Arezzo (Arezzo&Co), conforme despacho publicado no site do órgão regulador.

A combinação forma uma empresa com faturamento de R$ 12 bilhões. Juntas, elas terão 34 marcas sob gestão, entre elas Schutz, AR&CO, Anacapri, Farm, Hering, Animale e NV, e mais de 2 mil lojas próprias e franquias.

A recomendação da superintendência vira uma aprovação efetiva pelo órgão regulador caso não haja manifestação pelo Tribunal do Cade ou recursos por terceiros interessados no prazo de 15 dias. (André Romani e Patrícia Vilas Boas).

Fusão Soma-Arezzo levanta dúvidas no mercado

Conforme já noticiado anteriormente, antes da aprovação do Cade, apesar de o mercado ter respondido com alta nas ações à primeira notícia de fusão de Arezzo e Soma, depois, os papéis de ambas companhias devolveram boa parte dos ganhos. Embora tenham visto sentido no anúncio e um possível ganho de sinergias entre as empresas, analistas ainda tem dúvida quanto à execução da transação.

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O analista José Eduardo Daronco, da Suno Research, diz que é natural que se questione o sucesso da operação, uma vez que a maioria das fusões e aquisições no mundo fracassa em algum momento.
Segundo o especialista, o processo de integração de companhias com culturas diferentes é sempre complicado e desafiador. “Empresas são feitas de pessoas, então, a cultura organizacional impacta muito o processo”, diz Daronco.

Os desafios na integração dos negócios também foram levantados como ponto de atenção por analistas do BTG Pactual em relatório recente sobre a fusão. “É uma grande transação, com riscos de execução”, dizem os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, do BTG.

“Apesar de ser um negócio complexo que cria um player gigante com múltiplas marcas (e diferentes culturas) nos segmentos de vestuário/calçados, sem contar os riscos de execução no processo de integração, poderia permitir a captura de sinergias em distribuição, produto, desenvolvimento, operações de franquia e produção”, concluem. (Stéfanie Rigamonti – Folhapress)

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