Com sede em BH, Telar Engenharia projeta crescer 20% em Minas

Com quase seis décadas de atuação no setor de infraestrutura pesada e um portfólio de contratos que soma R$ 1,98 bilhão, a Telar Engenharia está reforçando sua presença no mercado mineiro. A empresa, que já opera em diversas regiões do Brasil e no exterior, inaugurou em maio de 2025 sua regional em Belo Horizonte, mirando as oportunidades criadas pelos investimentos em saneamento, mineração e siderurgia em Minas Gerais.
A chegada à capital mineira não é por acaso. Segundo o diretor da regional em Minas Gerais da empresa, Paulo Ledsham, a mineração no Estado representa 40% do faturamento nacional do setor, com perspectiva de investimentos de R$ 80 bilhões até 2029.
“Em Belo Horizonte se encontra as sedes e filiais das principais mineradoras e siderúrgicas do País. Estar próximo deste centro é fundamental para a Telar. O potencial de bons negócios, agregado à experiência de quase 60 anos, é muito interessante”, afirma Ledsham.
A empresa projeta que a regional de Minas cresça até 20% em faturamento e no volume de contratos (backlog) nos próximos meses com novos contratos.
“Minas Gerais terá investimentos na ordem de R$ 7 bilhões no segmento siderúrgico com modernização e ampliação da capacidade de plantas e R$ 16 bilhões por ano de investimentos até 2029 na mineração. A Copasa, no segmento de saneamento, investirá R$ 3,4 bilhões até 2029. A Telar tem muito interesse nestes mercados e sua participação será efetiva, visando atender aos desafios destes projetos”, completa o diretor da regional em Minas.
Saneamento impulsiona expansão da Telar em Minas
Com as metas de universalização do saneamento até 2033 definidas pelo novo marco legal do setor, Minas Gerais está se tornando um dos mercados mais promissores do País. Projetos como a PPP Águas do Vale, da Copasa, abrem espaço para empresas especializadas em infraestrutura, como a Telar, que vê no segmento um dos principais vetores de crescimento para os próximos anos.
Segundo Ledsham, o saneamento deve adicionar cerca de R$ 300 milhões à carteira da Telar somente em 2025 e Minas Gerais será peça-chave nessa expansão. A empresa, que já é cadastrada na Copasa, planeja disputar licitações voltadas para controle de perdas, implantação de redes e tratamento de efluentes, além de parcerias com SAEs (autarquias municipais).
“A Telar tem ampla experiência em saneamento e já participou de concessões e PPPs em outras regiões. O projeto da Copasa para o Norte de Minas está alinhado com o nosso compromisso com saúde, bem-estar e segurança”, reforça o executivo.
Minas representa potencial estratégico de longo prazo
No curto e médio prazo, o foco da empresa para Minas será atender as regiões mineiras que concentram investimentos públicos e privados, especialmente aquelas impactadas pelas obrigações do novo marco legal do saneamento e pelos projetos de expansão de mineradoras e siderúrgicas.
A Telar também aposta em seu diferencial tecnológico para ganhar espaço no mercado mineiro. A empresa é pioneira na utilização de métodos não destrutivos para obras subterrâneas, solução cada vez mais valorizada em projetos de infraestrutura urbana e mineração.
“As indústrias da mineração e siderurgia são dinâmicas, estão em constante crescimento. A preocupação com a água, devido à escassez hídrica e o meio ambiente é cada vez maior. A Telar pode atuar significativamente no desenvolvimento de soluções de engenharia, seja em projetos civis, como na área ambiental, com experiência acumulada nestes segmentos”, ressalta o gestor.
Expansão da equipe e parcerias locais
Para dar conta da demanda, a Telar já iniciou a expansão de sua equipe em Minas Gerais. O plano é crescer de forma gradual, conforme os projetos avançam. Para isso, já iniciou a contratação de profissionais locais e planeja ampliar sua estrutura em Belo Horizonte com apoio da sede nacional, localizada em São Paulo.
“A estrutura da regional crescerá paulatinamente, em conformidade com sua atuação no mercado”, conclui Ledsham.
Além disso, a empresa busca parcerias com fornecedores e prestadores de serviço locais, estimulando a economia mineira com geração de empregos e transferência de tecnologia.
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