TQI lança sistema de saque via Pix

A simplicidade e eficiência do Pix fez com que essa forma de pagamento caísse no gosto do brasileiro. A comodidade do pagamento digital instantâneo começa, agora, a atuar também no mundo físico. A TQI – empresa de tecnologia e inovação que atua como extensão dos clientes nas áreas de financeiro, telecom e atendimento, logística e transporte, conteúdo e serviços, saúde, agro & aviação -, sediada em Uberlândia (Triângulo Mineiro), acaba de lançar um novo sistema de saque via Pix.
O lançamento aconteceu em junho, durante o Febraban Tech 2023, maior evento de tecnologia e inovação para o mercado financeiro, em São Paulo. Conforme o COO da TQI, Cristiano Oliveira, a solução permite ao usuário sacar dinheiro em espécie direto da sua conta corrente sem custo, utilizando um terminal dentro de estabelecimentos comerciais como se fosse um caixa eletrônico. O sistema da TQI gera um QR Code no valor solicitado pelo cliente, que só precisará escanear o código de barras utilizando o seu celular para retirar o dinheiro.
“É uma mudança na experiência do usuário. Hoje, no caixa eletrônico, ainda precisa do cartão orientando o processo para aquele banco. Com a nossa solução, o usuário vai ter só que abrir o aplicativo do banco, sem a necessidade de baixar nenhum programa ou aplicativo. Para o estabelecimento, o que muda é a integração com diferentes meios. Nesse primeiro momento fizemos uma parceria com a marca italiana de cofres MasterCoin. Mas o sistema pode ser aplicado a qualquer hardware que tenha um cofre ou um repositório de dinheiro. Pode ser no caixa de um supermercado, por exemplo. O estabelecimento só precisa de uma tela integrada ao sistema”, explica Oliveira.
Dessa forma, fica a critério do estabelecimento a política de uso da ferramenta pelo cliente, determinando valores, horários e frequência, por exemplo. O objetivo é que cada comerciante possa transformar a solução em uma ferramenta de marketing conforme o perfil e a conveniência dos seus clientes.
Futuro
Dados oficiais do Banco Central reforçam o Pix como uma prática já consolidada na rotina do País. Lançado em 2020, a utilização do Pix permanece em alta. De junho de 2021 a maio de 2023, as transações feitas por este modelo cresceram 333,8%. O Pix foi responsável por 29% de todas as transações registradas em 2022.
Recentemente, o Bacen anunciou que uma nova modalidade de pagamentos ligado ao Pix está prevista para começar a operar em abril do próximo ano. O “Pix automático” objetiva permitir aos clientes quitarem despesas recorrentes sem precisar autenticar cada transação, no modelo de débito automático, aplicável a boletos e contas de telefone, água e luz.
Junto à popularidade do Pix cresce também o número de fraudes e golpes que têm o meio de pagamento como alvo. A segurança dos dados e o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um dos pilares da solução oferecida pela startup mineira.
“Não temos agravantes do ponto de vista de segurança porque a gente trabalha com o protocolo do Pix do Banco Central, que garante a consistência do sistema e proteção dos dados. Quando aplicamos no cofre foram incluídos outros protocolos de segurança. Não há captura de dados pelo estabelecimento ou pela TQI, os dados necessários já estão com o banco, não há compartilhamento”, destaca.
A tendência, segundo o executivo, é que novas soluções de integração surjam conforme as agendas Pix e Open Finance definidas pelo Banco Central.
“Nosso objetivo como empresa não é a transação bancária. Somos fortes no desenho da solução. O foco é no cliente do nosso cliente, na experiência do consumidor final. Existem ainda muitos desafios e oportunidades no sistema financeiro brasileiro. O sistema Pix ainda tem muito a evoluir. Já vemos soluções no mercado externo que podem ser exploradas, como, por exemplo, depósito via Pix. Algumas dessas soluções ainda precisam de regulação para serem desenvolvidas. Acompanhamos tudo isso de perto para atender o mercado assim que a legislação permita”, completa o COO da TQI.
Ouça a rádio de Minas