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Trabalho híbrido é um fator importante na retenção de funcionários

75% das empresas no Brasil acreditam que o regime flexível garante boa taxa de retenção; resultado no País, no entanto, é um pouco inferior à média global
Trabalho híbrido é um fator importante na retenção de funcionários
80% das companhias no mundo reconhecem que a possibilidade de trabalhar de forma remota é importante para manter os colaboradores na empresa | Foto: Reprodução Adobe Stock

Depois da pandemia da Covid-19 ter mudado as rotinas profissionais, o trabalho híbrido evoluiu muito a ponto de muitos funcionários esperarem trabalhar em qualquer lugar, pelo menos em parte do tempo. Em meio a esse cenário, 75% das empresas no Brasil acreditam que o modelo híbrido é importante para reter os colaboradores, aponta uma pesquisa global sobre o tema elaborada pela Cisco.

Esse resultado no País, no entanto, é um pouco inferior à média global destacada pelo estudo “Navegando por Estratégias de Trabalho Híbrido em Ambientes de Trabalho em Evolução”. De acordo com o levantamento, 80% das companhias no mundo reconhecem que a possibilidade de trabalhar de forma remota é importante para manter os colaboradores na empresa.

A pesquisa mostra ainda que 64% das companhias brasileiras indicam um aumento nas taxas de retenção de colaboradores como resultado das políticas atuais das empresas em relação ao trabalho híbrido. Na média global, esse percentual alcança 69%. Na prática, esse crescimento ressalta um cenário em que os funcionários, especialmente os mais talentosos e produtivos, esperam trabalhar de qualquer lugar.

A flexibilidade não significa que todos estejam trabalhando remotamente o tempo todo, mas que é possível levar em consideração as necessidades de cada indivíduo. Um dos grandes destaques do estudo é o fato da flexibilidade fazer com que os melhores profissionais tenham um desempenho melhor”, diz a vice-presidente executiva e diretora de pessoas, políticas e propósitos da Cisco, Fran Katsoudas.

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  1. Confiança e produtividade
    Para 77% dos funcionários, a exigência de retorno ao escritório indica falta de confiança. Apenas 39% acreditam que isso aumenta a produtividade, e 28% apontam benefícios para o bem-estar. Mesmo assim, 92% valorizam o escritório como espaço de comunidade e colaboração.
  2. Atividades com propósito
    Enquanto 57% dos empregadores citam o custo com imóveis como motivador do modelo de trabalho, 40% dos funcionários destacam os gastos com deslocamento. Para ambos, momentos presenciais são importantes – especialmente para mentoria e fortalecimento da cultura organizacional.
  3. Voz aos talentos de alta performance
    Entre os profissionais de alto desempenho, 78% cogitam deixar a empresa se não houver flexibilidade. Embora apenas 34% prefiram o escritório, 85% enxergam vantagens em frequentá-lo para alavancar a carreira. O ideal é promover autonomia e confiança.
  4. Gerações pensam diferente
    Há um choque de visões: 48% dos empregadores da Geração Z consideram o trabalho remoto mais produtivo, contra 28% dos Boomers. Políticas flexíveis e personalizadas tendem a promover maior fidelidade e retenção.
  5. Investimento em tecnologia
    Apesar de 90% dos funcionários verem valor em ferramentas de colaboração, só 32% das empresas investem nelas. Apenas 44% adotam IA para apoiar o modelo híbrido. Quem investir em tecnologia terá vantagem competitiva.
  6. Comunicação eficaz
    Só 36% dos funcionários entendem claramente as diretrizes de retorno ao escritório. A recomendação da Cisco é fomentar conversas diretas e contínuas sobre como e onde as equipes trabalham melhor para alcançar seus objetivos.

O estudo foi realizado com 21.513 empregadores e funcionários de diversos setores em 21 diferentes mercados, incluindo o Brasil.

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