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Trevo vai reforçar presença fora de MG

Hoje, maior força de mercado está em Minas e no Espírito Santo; trabalho nas praças Rio e SP será intensificado
Trevo vai reforçar presença fora de MG
A Trevo Lácteos produz em Sete Lagoas, na região Central, as marcas Pulsi (foto), Trevinho e Apreciare | Crédito: Trevo Lácteos/Divulgação

Há mais de 30 anos no mercado, a Trevo Lácteos, sediada em Sete Lagoas (região Central), anuncia planos para reforçar a sua presença nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Distribuídos em todo o Brasil, os produtos das marcas Pulsi, Trevinho e Apreciare abarcam as faixas de consumo de entrada até a classe Premium.

De acordo com o CEO da Trevo Lácteos, Guilherme Gama, a maior força de mercado da empresa está em Minas Gerais e Espírito Santo. A presença no Rio de Janeiro é relativamente significativa e, em São Paulo, bastante reduzida.

Além de fortalecer a equipe comercial, a indústria investe em comunicação com os varejistas dos dois estados do Sudeste. Uma das principais estratégias é participar dos encontros regionais do setor. O objetivo é primeiro estar presente nos pontos de venda para depois direcionar a comunicação para os consumidores finais.

“Identificamos que existe uma grande oportunidade nesses dois estados, que são o primeiro e o terceiro maiores mercados do Brasil. Pela primeira vez na nossa história participamos da Apas Show, mostrando que deixamos de ser uma empresa tipicamente mineira para ser uma empresa nacional, porém, sem perder os valores mineiros de qualidade dos produtos. Ser uma empresa mineira de 30 anos nesse segmento é uma chancela para nós”, explica Gama.

A Apas Show é o maior evento de alimentos e bebidas das Américas e a maior feira supermercadista do mundo, realizada em São Paulo, no mês de maio.

Ao mesmo tempo, a empresa foca em inovação para movimentar o setor de sobremesas ao lançar uma categoria completa inspirada em paixões nacionais como: pudim de leite, brigadeiro e beijinho, para impulsionar os negócios.

“O setor de lácteos estava meio parado. Quando você olha as geladeiras dos supermercados é tudo muito parecido. Esse lançamento é uma inovação. O consumidor quer e precisa de novidades. Apostamos, então, nessa nova linha que é inovadora e, ao mesmo tempo, traz uma certa nostalgia da infância. São sabores que fazem parte da vida de quase todos os brasileiros, capazes de dar conforto e reforçar o atributo indulgência sem prejuízo para a saudabilidade”, destaca.

As iniciativas fazem parte de um plano de investimentos anunciado no valor de R$ 70 milhões na ampliação da unidade fabril para dar suporte à demanda. A expectativa é triplicar a capacidade de produção e alcançar um faturamento de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos.

Gama: Rio e SP têm boas oportunidades | Crédito: Trevo Lácteos

A maior dificuldade para a concretização do plano é a escassez de mão de obra. A solução está na automatização dos processos.

“A falta de mão de obra é um problema em todos os setores da economia. No nosso caso, a automação da linha de produção tem ajudado a minimizar a situação. Essa é a tendência do futuro. Hoje temos 50% dos nossos equipamentos nacionalizados, o que ajuda bastante na questão dos custos, mas ainda precisamos que os juros sejam menores para que os investimentos sejam viáveis”, pontua.

Além da indulgência e da saudabilidade – valores que ganharam importância durante a pandemia -, mudanças de hábito dos consumidores naquele período se mantiveram e impuseram mudanças às empresas de alimentos. Uma das principais é a valorização das embalagens tamanho-família.

“Os consumidores aprenderam a fazer a conta do valor por quilo ou litro quando foram obrigados a ficar em casa. Eles perceberam que existe uma diferença significativa para as embalagens individuais. No nosso segmento, muitas vezes, a embalagem é mais cara que o conteúdo e essa relação se dilui nos maiores volumes. Essa é uma mudança no padrão de consumo e se consolidou”.

A Trevo é uma das maiores indústrias de laticínios do Estado e integrante da holding alemã Ehrmann. O processo de desenvolvimento da empresa vem sendo acompanhado pela implementação de práticas ESG. O próximo passo é a autogeração de energia fotovoltaica.“Todos os processos são controlados. Seguimos os padrões globais da matriz, que são muito rígidos. Vamos investir na geração de energia fotovoltaica e madeira de reflorestamento para a nossa linha de caldeiras. No social, apoiamos várias causas que dizem respeito à alimentação de pessoas em situação de vulnerabilidade, com a doação de produtos para creches, escolas, asilos e outras instituições. Fazemos de bom grado, não usamos essas ações para marketing. Está na nossa consciência desde os fundadores e segue na holding”, completa o CEO da Trevo Lácteos.

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