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Circuito Villas e Fazendas amplia legião de seguidores

Destino mineiro tem apresentado novos atrativos
Circuito Villas e Fazendas amplia legião de seguidores
Crédito: Guto Aeraphe

Ávido por viajar, mas em meio a uma severa crise econômica, turistas do mundo inteiro têm se voltado para as viagens mais curtas e que garantam experiências novas e significativas.  O Circuito Villas e Fazendas, na região Central de Minas – rico em diversidade natural e história – tem descoberto na singularidade do que parece cotidiano, uma oportunidade de encantar viajantes que buscam contato com a natureza, compreensão sobre as formas tradicionais de fazer e sabores ancestrais. É o chamado e cada vez mais valorizado “turismo de experiência”.

Constituído pelas cidades de Caranaíba, Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni, Itaverava, Lamim, Piranga, Queluzito, Rio Espera, Santana dos Montes e Senhora de Oliveira, o circuito tem apresentado novos atrativos que se dedicam a públicos diversos e podem ser aproveitados em um dia apenas.

Na cidade de Piranga, há 170 quilômetros de Belo Horizonte, o Chalé Caixinha & Marcelina aposta no contato direto com a natureza e, segundo o proprietário do lugar, Ricardo dos Santos, os hóspedes até dispensam o uso da energia elétrica. Entre os principais atrativos estão as refeições à beira da cachoeira, especialmente o café da manhã.

“O turismo de experiência se encaixa perfeitamente nas histórias dessa região. Começamos há três meses, as pessoas estão gostando de ficar à base de lamparina. O chalé abriga até seis pessoas e o espaço de camping até 50 barracas. Já em agosto vamos inaugurar mais um chalé, dessa vez, de pau a pique e, antes disso, teremos o passeio de charrete até outros atrativos da região”, explica Santos.

Crédito: Divulgação

Um desses pontos turísticos é o Santuário do Bom Jesus de Bacalhau, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1996.

Na mesma cidade, que tem pouco mais de 17 mil habitantes, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para 2021, no pesque e pague Campo Belo, além da área de pescaria, o visitante pode aproveitar para interagir com outros animais, como ovelhas, cavalo, bezerro, coelho e porquinhos da Índia. O local se destaca também por servir uma receita, no mínimo, inusitada: a pizza de tilápia, que usa o peixe como se fosse uma verdadeira massa.

De acordo com a proprietária do Campo Belo, Célia Matos, mais de 200 pessoas passam pelo pesque e pague – que até bem pouco tempo era apenas um curral – aos fins de semana.

“Temos uma grande demanda e muita gente quer se hospedar aqui. A cidade oferece estrutura de hospedagem e esse é o nosso plano para um futuro próximo. Estamos perto de grandes centros urbanos e as pessoas querem aproveitar mais a natureza, o sossego”, pontua Célia Matos.

Crédito: Divulgação

Em Catas Altas da Noruega, a Fazenda Estância do Pinheiro se notabiliza pela produção de azeite. Serão mil litros produzidos em 2022 e com expectativa de triplicar a produção em 2024. O visitante pode fazer um tour pela fazenda, apreciando degustação do azeite Olivais de Catas Altas, harmonização do produto com pães e outros pratos e, ainda, conhecer a fundo sobre o produto, com palestras sobre o mercado de azeites. É o olivoturismo nascendo na região.

O proprietário da fazenda, Moacir Nascimento, se instalou na região em 2008, buscando sossego e, ao mesmo tempo, uma área produtiva. Dos 30 hectares da fazenda, 10 são destinados à plantação de oliveira, hoje com mil plantas em idade produtiva. Além de processar as azeitonas da própria fazenda, ele também  fabrica azeite de outras plantações de parceiros, que ficam próximos a sua fazenda.

Segundo ele, que também é presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assolive), Minas Gerais tem cerca de 120 produtores e está se consolidando como referência na produção de azeites de oliva de alto padrão.

“A cada dia aprendemos um pouco mais. Estamos avançando no turismo de experiência, que implica na participação do visitante no processo produtivo. O momento ideal é na colheita, quando ele pode acompanhar o processamento, entre fevereiro e março. Vamos inaugurar duas suítes para quem quer pernoitar e estamos num diálogo com o município para estruturar melhor a cidade para receber os turistas”, completa Nascimento.

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