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UFMG é a mais bem avaliada pelo Inep

UFMG é a mais bem avaliada pelo Inep
UFMG mantém IGC 5 (as faixas variam de 1 a 5) desde 2007, quando o índice foi criado | Foto: Foca Lisboa

A UFMG é a universidade federal mais bem avaliada do Brasil, segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) 2019, divulgado na última sexta-feira (23), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Apesar de sempre ficar entre as primeiras colocadas, é a primeira vez que a UFMG alcança a liderança entre as Instituições Federais de Ensino (Ifes). Na edição ora divulgada, o IGC abrangeu 2.070 instituições de ensino superior, montante que representa cerca de 80% das instituições ativas atualmente no país.

A UFMG mantém IGC 5 (as faixas variam de 1 a 5) desde 2007, quando o índice foi criado, mas, nos últimos anos, a Universidade vem crescendo no âmbito do índice contínuo. Na edição de 2019, a Universidade alcançou o valor 4,3025 no levantamento, o mais elevado entre todas as federais do país.

Entre as universidades, a UFMG só perde para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), segundo a avaliação do Inep. Consideradas todas as instituições públicas, incluindo estaduais, municipais e institutos, a UFMG é a quarta mais bem classificada. O Instituto Militar de Engenharia (IME), com 4,4591 no índice contínuo, aparece em primeiro lugar, seguido da Unicamp, com 4,4250, e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com 4,3566.

“Vale ressaltar que institutos são organizações bem diferentes das universidades e contam, inclusive, com menos cursos em sua estrutura acadêmica”, pondera a diretora de Avaliação Institucional da UFMG e professora, Viviane Santos Birchal.

Construído com base em uma média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição, o IGC é o principal indicador utilizado pelo Ministério da Educação (MEC) para atestar a qualidade das instituições, envolvendo seus cursos de graduação, mestrado e doutorado, sejam públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, municipais, estaduais ou federais.

O índice serve, entre outras coisas, de referência para a definição de políticas públicas e para os processos de autoavaliação institucional, além de ser utilizado pelo MEC como requisito, critério seletivo ou de distinção em seus processos, explica Viviane Birchal. “O cálculo do IGC engloba a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) do último triênio avaliado (2017-2018-2019), a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu da instituição, com base em dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino (graduação ou pós-graduação stricto sensu)”, detalha.

“O resultado do IGC reforça o que foi alcançado quando a UFMG passou pelo processo de Recredenciamento Institucional em 2017, obtendo Conceito Institucional (CI) também máximo igual a 5”, contextualiza a diretora.

A diretora de Avaliação Institucional ressalta, ainda, que a UFMG se destacou particularmente no conceito médio do doutorado, que forma, junto com o conceito médio de mestrado e com o CPC, o Índice Geral de Cursos (IGC) – o valor alcançado foi 4,9394, o maior entre as universidades federais avaliadas.

Viviane Birchal ressalta a importância do IGC para a definição de políticas educacionais na Universidade. “O relatório disponibilizado pelo Inep traz importantes instrumentos de autoavaliação a serem considerados pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UFMG. A CPA deve promover reflexões e induzir ações junto às várias instâncias da Universidade, especialmente colegiados e núcleos docentes estruturantes (NDEs) dos cursos”, afirma.

Do total de 2.070 instituições avaliadas, 46 (2,22%) obtiveram IGC 5; 448 (21,64%) alcançaram IGC 4; 1.320 (63,77%) obtiveram IGC 3; 250 (12,08%) ficaram com IGC 2 e apenas 6 (0,29%) registraram IGC 1. Das seis, cinco são privadas com fins lucrativos e uma é privada sem fins lucrativos. Todas as instituições públicas tiveram IGC 2 ou maior, sendo que as federais se concentraram exclusivamente nos IGC 3, 4 e 5.

Os dados do Inep revelam a discrepância entre a qualidade do ensino ofertado no Brasil pelas instituições públicas e a do ensino ministrado nas instituições privadas, sobretudo as de fins lucrativos. Enquanto 70,7% das universidades públicas federais obtiveram IGC 4 ou 5, por exemplo, apenas 18,5% das instituições privadas com fins lucrativos alcançaram algum desses dois índices. Ao mesmo tempo, 14,1% das privadas com fins lucrativos ficaram com IGC 1 ou 2, enquanto nenhuma universidade pública federal brasileira figurou nessas faixas.

Desempenho futuro Para a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, o desempenho da UFMG no IGC é mais uma evidência de sua qualidade e demonstra um crescimento permanente e sustentado, materializado no índice contínuo. “É uma façanha, da qual devemos nos orgulhar. Afinal, a UFMG e as demais federais vêm enfrentando, desde 2015, cortes sucessivos em seus orçamentos. No entanto, o desempenho em diversos indicadores é crescente, o que é uma prova da nossa resiliência. Isso mostra que o investimento feito nas décadas passadas continua gerando resultados”, afirma a reitora.

Sandra Goulart Almeida demonstra, no entanto, preocupação com o desempenho futuro. “Para mantermos esse excelente resultado, precisamos contar com orçamento compatível com a nossa capacidade e com investimento sustentado em educação, ciência e tecnologia como política de Estado”, defende.

Ela lamenta que, no mesmo dia em que a UFMG foi anunciada como a universidade federal mais bem avaliada pelo Inep, confirmou-se também que as Ifes sofrerão novos cortes orçamentários. “Não é apenas o futuro das nossas instituições que está em jogo, mas também o futuro do País. É preciso garantir orçamento adequado, já neste ano, pois tivemos um papel imprescindível para a sociedade no enfrentamento da maior crise sanitária, econômica e social dos últimos tempos”, argumenta Sandra Goulart.

FGV lidera ranking nacional de cursos

A FGV ocupa as três primeiras colocações do ranking nacional com o FGV EPGE no topo, seguida pelo FGV CPDOC e a FGV EESP. As outras escolas: FGV Ebape, a FGV Direito SP, a FGV EMAp, a FGV Direito Rio e a FGV EAESP também alcançaram o conceito máximo

A Fundação Getulio Vargas (FGV) conquistou, as três primeiras posições do Índice Geral de Cursos (IGC) 2019: FGV EPGE (EPGE Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getulio Vargas), FGV CPDOC (Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas) e FGV EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas).

Todas as Escolas da FGV avaliadas em 2019 obtiveram nota 5 (cinco) – o grau máximo FGV EAESP, FGV Ebape, FGV Direito Rio, FGV Direito SP e FGV EMAp. Os dados do ano de 2019 foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Vale ressaltar que de 13 avaliações, esse é 9º ano em que a FGV EPGE é avaliada com a maior nota dentre todas as instituições de ensino do superior do Brasil avaliadas pelo indicador. O IGC 2019 contínuo da escola foi 4,85 onde a nota máxima é 5.

De 2.070 universidades, faculdades e centros universitários que tiveram o IGC 2019 divulgado, somente 46, ou seja, 2% obtiveram a nota 5. Do total de instituições que participaram desta edição, 87,1% (1.801) são privadas e 12,9% (269), públicas. A maioria (73,1%) é composta por faculdades, seguida dos centros universitários (15,6%) e das universidades (9,4%) e Ifes (1,9%).

Anualmente, o MEC divulga o IGC, um instrumento construído com base em uma média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Desta forma, pode-se distinguir a qualidade das Instituições, com uma perspectiva ampla, incluindo a graduação e a pós-graduação stricto sensu.

O pró-reitor da FGV, Antonio Freitas, comemora os resultados “ da sinergia e do esforço conjunto dos pesquisadores, alunos e colaboradores, em manter a FGV como Instituição de referência nacional, com ensino e pesquisa de relevância e impacto internacional. Por esta razão, a FGV já compete par-a-par com as mais relevantes instituições internacionais”.

Criada em dezembro de 1944, a FGV é uma das principais referências de excelência em ensino e pesquisa e uma das melhores instituições que produzem conhecimento de ponta no Brasil e no mundo. A Fundação Getulio Vargas é o 3º melhor think tank do mundo, de acordo com o 2020 Global Go To Think Tanks Index, divulgado pela University of Pennsylvania.

Com unidades próprias de ensino no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, na graduação, a FGV dispõe, em São Paulo, dos cursos de Administração Pública e de Empresas, Economia, Relações Internacionais e Direito. No Rio, cursos de Economia, Administração, Direito, Ciências Sociais, Matemática Aplicada e Ciência de Dados. Em Brasília curso de Administração Pública.

A FGV tem mais de 25 cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), todos com alta avaliação acadêmica, em diversas áreas, tais como: Agronegócios, Economia, Gestão e Políticas Públicas, Políticas Públicas e Governo, Administração de Empresas, Administração Pública e Governo, Gestão Internacional, Gestão para Competitividade, Direito, Direito da Regulação, Modelagem Matemática e História, Política e Bens Culturais.

A instituição também oferece cursos de pós-graduação lato sensu (MBAs), desenvolvidos pelos professores e pesquisadores das escolas e ministrados em diferentes cidades, visando o desenvolvimento socioeconômico do País.

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