UFMG segue como referência de ensino

Mesmo abalada pela tragédia humana e pelos efeitos econômicos da pandemia, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) segue como referência de ensino no Brasil. A instituição se manteve como a universidade federal mais bem avaliada no Brasil, segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) 2021, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A Universidade mantém IGC máximo, 5 (as faixas variam de 1 a 5), desde 2007, quando o índice foi criado, mas, nos últimos anos, vem crescendo no índice contínuo. Na edição de 2021, a UFMG alcançou o valor contínuo de 4,368 no levantamento, o mais elevado entre todas as federais do País.
De acordo com a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, o reconhecimento é importante pelo caráter amplo e de credibilidade conferido pelo Inep e por demonstrar uma consolidação da UFMG entre as mais relevantes instituições de ensino do Continente.
“O Inep é um órgão do MEC (Ministério da Educação) competente e confiável nas suas avaliações. Ele avalia a universidade nas suas múltiplas faces. Sempre tivemos uma avaliação muito boa e o que chama a atenção é a consolidação como a melhor universidade federal do País. Os últimos tempos foram muito difíceis. Isso mostra que agimos de maneira correta”, afirma Sandra Almeida.
Fundada em 1927, com o nome Universidade de Minas Gerais (UMG), a instituição reúne cerca de 53 mil pessoas nas cidades de Belo Horizonte, Montes Claros (Norte de Minas), Diamantina (Vale do Jequitinhonha) e Tiradentes (Campo das Vertentes), que se organizam em torno de 91 cursos de graduação, 90 programas de pós-graduação e 860 núcleos de pesquisa. Em 2020, a UFMG alcançou 1.582 registros de patentes, o que lhe rende a liderança entre as instituições de ensino superior do País.
Todos os 23 cursos da UFMG que participaram da última edição do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) apresentaram ótimo desempenho, alcançando conceito 4 ou 5 (três cursos com conceito 5 e 20 cursos com conceito 4). Nenhum curso teve diminuído o conceito CPC faixa; quatro cursos aumentaram seu conceito e 19 mantiveram o mesmo conceito obtido na última edição de que participaram. Ciência da Computação e Química, tanto bacharelado quanto licenciatura, obtiveram conceito 5. O curso de Filosofia Licenciatura apresentou evolução importante: seu conceito subiu de 3 para 4.
Em relação ao conceito contínuo, 19 dos 23 cursos (83%) participantes aumentaram suas notas.
“É importante dizer que não paramos em momento algum durante a pandemia. Continuamos com ações presenciais nos cursos da saúde. E fomos uma das primeiras universidades que voltou integralmente para o presencial. Essa seriedade na condução das ações acadêmicas, valorizando a formação de pessoas, a pesquisas de ponta e a interação com a população foi a nossa escolha. Costumo dizer que crise não é das universidades, mas do orçamento dedicado a elas. A crise nos obrigou a fazer opções e fizemos a preservação das ações acadêmicas, ensino, pesquisa e extensão, além da assistência estudantil”, explica.
O Índice Geral de Cursos é referência para a definição de políticas públicas e para os processos de autoavaliação institucional e também é utilizado pelo MEC como requisito, critério seletivo ou de distinção em seus processos. O cálculo do IGC engloba a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) do último triênio avaliado (2017-2018-2019), a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu da instituição – com base em dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – e a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino (graduação e pós-graduação stricto sensu).
A UFMG também é avaliada com Conceito Institucional (CI) máximo, 5, nota recebida no processo de recredenciamento institucional pelo qual passou em 2017.
“Temos um programa permanente de autoavaliação que nos ajuda muito. Mas tudo isso aumenta a nossa responsabilidade. Em 2022, estamos maiores e melhores. Estamos mais inclusivos, mas o orçamento voltou aos patamares de 2019. Precisamos de um orçamento adequado para cumprir com a nossa missão. Somos uma instituição de pesquisa também, que se pauta pelo contato com a sociedade. Não é à toa que a primeira vacina contra a Covid-19 100% nacional é da UFMG. Queremos construir um futuro de valorização do conhecimento com ética, contribuindo para que o Brasil seja menos desigual”, completa reitora da UFMG.
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