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Um dos maiores brechós on-line do País abre 1º ponto de coleta em BH

Um dos maiores brechós on-line do País abre 1º ponto de coleta em BH
Quiosque instalado no Boulevard receberá as “sacolas do bem” | Crédito: Divulgação/Repassa

Já vai longe o tempo em que comprar roupas em um brechó denotava falta de condições financeiras. Impulsionados por consumidores cada vez mais engajados, os brechós on-line crescem mais rapidamente que o varejo tradicional de moda nas redes. A tudo isso se junta a digitalização da vida do cidadão comum e dos negócios durante a pandemia.

A novidade, porém, é que no meio disso tudo, as pessoas e as marcas descobriram o quanto o contato físico faz falta e pode engrandecer uma experiência de consumo que já era exitosa. Por isso, um dos maiores brechós on-line do Brasil resolveu abrir o seu primeiro ponto de coleta físico no Boulevard Shopping, na região Leste de Belo Horizonte.

O espaço cedido pelo mall e sua administradora, a Aliansce Sonae, é um quiosque no primeiro piso onde os clientes poderão retirar e entregar suas “sacolas do bem” com roupas, calçados e acessórios para serem vendidos. As peças passam por um processo de curadoria, fotografia, cadastro e são colocados à venda no site.

De acordo com o CEO do Repassa, Tadeu Almeida, o quiosque vem para complementar a experiência do cliente, elevando o grau de conveniência oferecido.

“Somos uma empresa nativa digital, toda a experiência do cliente se dá através de uma plataforma on-line. Sempre entendemos que o nosso diferencial era entregar uma experiência conveniente, em que o cliente tem o mínimo de trabalho possível. Assim, quanto mais a gente estiver em lugares onde o cliente vive o seu dia a dia, agregamos para essa conveniência e o melhor lugar para isso é um shopping como o Boulevard. É importante estarmos em contato com o cliente, queríamos tangibilizar um pouco da nossa marca, o nosso carinho. Temos um showroom de peças para que o cliente veja a qualidade das peças e do serviço que prestamos”, explica Almeida.

Para o empresário, a coleta no shopping também vai ajudar na aproximação com um público que ainda resiste ao processo 100% on-line. É uma forma das pessoas conhecerem o serviço e depois migrarem para a plataforma quando desejarem.

O portfólio do Repassa disponibiliza cerca de 150 mil itens entre roupas femininas, masculinas e infantis, incluindo calçados e acessórios, que são vendidos com descontos que variam de 30% a 90% em relação ao valor de mercado. Em 2020, a startup pagou cerca de R$ 7 milhões para os vendedores cadastrados no site.

O Repassa conta com um time dedicado a estudar a precificação das peças. Entre os pontos analisados estão: valor de peças semelhantes às originais, estado de conservação, qualidade do material e tipo do produto. Quando a peça é vendida, o ex-dono das roupas recebe 60% do valor de venda do produto, independentemente do tipo do item.

O cliente/vendedor pode, ainda, optar por receber a sua parte em créditos para gastar na plataforma ou doar para uma lista com mais de 20 ONGs parceiras, dentre elas a ONG Crescer Sorrindo, de Belo Horizonte.

“Nosso objetivo é fomentar a economia circular. As coisas podem ter um ciclo de vida estendido. Se por algum motivo você não quer ou não precisa mais e a peça está em bom estado, não faz sentido ela ir para o lixo. Ela pode ser exatamente o que outra pessoa quer ou precisa com um custo muito mais baixo e sem penalizar o planeta. Esse estilo de consumo muito mais consciente já está alterando a forma como os próprios produtores estão lidando com a obsolescência dos produtos. Aos poucos as marcas estão percebendo que para agradar seus consumidores precisam oferecer produtos mais duráveis e que tenham uma vida útil mais longa e responsável”, avalia.

Fundado em 2015 e acelerado pela Aliansce Sonae, o brechó já economizou mais de 553 milhões de litros de água, evitou que 2,4 toneladas de CO2 fossem emitidas e reduziu 13 milhões de kW/h de energia. Desde o início da operação, em 2015, a marca já recebeu mais de R$ 10 milhões em aportes provenientes de fundos de venture capital e investidores-anjos.

A meta é que os quiosques se espalhem pelos demais malls administrados pela Aliansce Sonae e de outras redes que se interessarem pelo projeto.

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