Usiminas reforça compromisso com a diversidade e inclusão

No mês dedicado ao Orgulho LGBTI+, a Usiminas, que tem apostado fortemente no seu programa de Diversidade e Inclusão, dá mais visibilidade ao tema com iniciativas que promovem um maior entendimento de questões ligadas a esse universo, prezando pelo diálogo com empatia e respeito.
Há cerca de dois anos a empresa mantém o programa e o tema LGBTI+ forma um dos cinco pilares de atuação. A proposta neste mês de junho é abrir espaço para conversas, com orientações para combater preconceitos e, principalmente, criar um ambiente de respeito entre as cerca de 23 mil pessoas que trabalham nas cinco empresas que formam a Usiminas, entre próprios e terceiros.
Para contribuir com a sensibilização e informação das pessoas sobre o tema, a empresa trocou todos os seus avatares nas redes sociais e nos canais corporativos, nos aplicativos de mensagens, além da identidade visual da intranet. Também foi criado um vídeo publicado nos canais internos e em todos os perfis da Usiminas nas redes sociais. Nele, um dos integrantes do grupo que trabalha o tema dentro do programa aborda os diferentes conceitos comuns no universo LGBTI+.
“É uma iniciativa voltada à conscientização e o esclarecimento de entendimentos equivocados, algo que, infelizmente, ainda vemos com frequência”, explica o diretor de Inovação e Gestão de Pessoas, Cesar Bueno.
Cesar Bueno é o líder deste grupo, que tem como “sponsor” o presidente da companhia, Sergio Leite. Ao todo, a equipe é formada por 11 colaboradores e colaboradoras voluntários de diversas áreas. “Quando se pensa em uma indústria, infelizmente, ainda existe uma imagem de pouca diversidade. Isso tende a ser mais frequente quando falamos da indústria de base, como é o caso da Usiminas. Com esse programa, queremos deixar claro para o nosso time e também para a sociedade que a Usiminas é uma empresa que valoriza a diversidade e que todos têm lugar e voz na companhia”, comenta.
Ao longo do mês, a Usiminas vem dando continuidade aos treinamentos internos, com foco no tema LGBTI+, e prepara uma série de vídeos para contar histórias reais de pessoas ligadas à empresa, representadas por atores, sempre tendo a diversidade como guia e, mais uma vez, o viés será da educação e respeito às diferenças. Até o final do ano, os vídeos deverão abordar tanto o pilar LGBTI+ quanto os demais do programa de Diversidade e Inclusão da Usiminas: Equidade de Gênero, Gerações, Pessoas com Deficiência e Raça e Etnia.
“Sabemos que teremos uma caminhada longa pela frente de modo a construir uma empresa que reflita da melhor maneira possível a sociedade brasileira. É um processo que envolve uma mudança de cultura e até aspectos externos à companhia. Mas estamos comprometidos nessa jornada e avançando dia a dia”, destaca Bueno.
Além das ações específicas ligadas ao Mês do Orgulho LGBTI+, a empresa tem realizado iniciativas nas outras frentes do programa. Exemplos de ações e resultados:
• Definição de meta ESG de atingir 10% de presença feminina na área industrial até 2022;
• Realização do Censo da Diversidade na companhia, uma espécie de raio X das pessoas que fazem a Usiminas e para criar uma ferramenta que norteie as ações;
• Treinamento de lideranças para os vieses inconscientes que podem interferir, ainda que involuntariamente, na inclusão das minorias;
• Ampliação de 5,5% para 11% de mulheres em cargos de liderança;
• Primeira turma de Aprendizes 100% feminina;
• Mentoria e coaching para colaboradoras como preparação que as mulheres possam desenvolver seu potencial e alcançar novos postos na carreira;
• Treinamento para a Equipe de Recrutamento e Seleção com o objetivo de aplicar estratégicas de atração e seleção inclusiva;
• Realização da 1ª Semana da Diversidade, com mais de 11 mil acessos;
• Lançamento da Cartilha de Diversidade;
• Assinatura dos seguintes compromissos formais:
1 – Carta Compromisso da Coalizão Empresarial para Equidade Racial e de Gênero. Essa carta enfoca a eliminação da discriminação racial e igualdade de oportunidades efetiva entre homens e mulheres, considerando o papel das empresas de estimular a inserção econômica e promover o desenvolvimento econômico inclusivo e equânime, com vistas à superação de desigualdades historicamente estabelecidas;
2 – Pacto Fórum Empresas e Direitos LGBTI+. Um movimento empresarial que reúne grandes companhias em torno de compromissos relacionados ao respeito e a promoção dos direitos humanos LGBTI+. As empresas signatárias devem cumprir os dez compromissos no relacionamento com seus públicos (clientes, colaboradores, acionistas, comunidade, entre outros) para que juntas possam influenciar positivamente o ambiente empresarial e a sociedade. Um dos compromissos é “tornar inaceitável a violência, a exclusão, a humilhação, o assédio e a discriminação contra indivíduos em razão de sua orientação sexual e de gênero”.
3 – Plataforma WEPS, da ONU Mulheres e Pacto Global (Princípios de Empoderamento Feminino). Sete princípios produzidos e disseminados pelas Nações Unidas para que a comunidade empresarial possa incorporar em seus negócios valores e práticas para a promoção de igualdade entre homens e mulheres, além de promover o empoderamento econômico e liderança das mulheres como base para um crescimento sustentável, inclusivo e equitativo.
4 – Pacto Global da ONU. É a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo e prevê compromissos com diversos temas, entre eles, Diversidade e Inclusão. Um dos 10 princípios que compõem o Pacto é o compromisso em eliminar a discriminação no emprego. Entre os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, há o de Igualdade de gênero, que busca empoderar todas as mulheres e meninas.
Cresce número de vagas exclusivas para minorias
Junho é considerado o mês do Orgulho (LGBTQIA+) e a equidade de gênero, a democracia e liberdade são assuntos cada vez mais importantes e que vêm sendo implementados nas empresas. A Gupy, empresa líder em tecnologia para RH, analisou as vagas publicadas na plataforma entre janeiro e começo de junho, 10% do total das vagas foram “inclusivas” (exclusivas para Diversidade & Inclusão), e destes 10%, 37,5% foram destinadas exclusivamente para profissionais LGBTQIA+.
A empresa também avaliou que o número de vagas publicadas no primeiro semestre de 2021 para especialistas em diversidade e inclusão cresceu 560%. Ou seja, os dados mostram que as empresas estão mais preocupadas com este valor e estão contratando especialistas sobre o assunto, seja para aplicar a diversidade efetivamente ou para criar setores e comitês de diversidade.
Segundo a CEO da Gupy, Mariana Dias, esse dado comprova que as empresas estão começando a colocar em prática o discurso acerca do tema e afirma que as companhias possuem um papel fundamental para a inclusão desses grupos. “As empresas têm um papel fundamental na sociedade e também na geração de oportunidades. Temos visto cada vez mais companhias se comprometendo e criando políticas internas direcionadas para esse grupo, o que é fundamental para a equidade de valor das pessoas”, avalia.
Ter pessoas da comunidade LGBTQIA+ em cargos de liderança também é algo relevante e que prova a busca por uma maior inclusão. Camila Krauss, 41, é supervisora Comercial da Reserva. Em 2008, ingressou na empresa como vendedora e ela conta que nesta época nunca tinha trabalhado com varejo, mas logo nos primeiros dois meses da experiência, se destacou. Após isso, ela foi convidada pelo CEO da marca, Rony Meisler, para uma conversa. “Ele quis saber minha história e eu contei que tinha um relacionamento com uma mulher e meus objetivos profissionais. Desde o início da minha trajetória aqui eu pude ser quem eu sou verdadeiramente”.
Ao longo desses 13 anos, ela foi promovida diversas vezes e hoje é supervisora comercial responsável pelos estados da Bahia e de São Paulo e, por se destacar, foi convidada para se tornar uma sócia notável da empresa. Para ela ser uma supervisora, liderando um time de 100 pessoas, e poder falar abertamente sobre sua orientação sexual e da sua família é um sinônimo de força e inspiração. “Em 2019, eu e minha esposa fizemos um tratamento de fertilização e tivemos o nosso neném. A empresa comemorou e se emocionou junto comigo”. Ela conta que, na época, tirou 45 dias de licença para curtir os primeiros momentos do bebê ao lado da sua esposa, que foi a responsável por gestar.
Apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que haja de fato a inclusão de todas as pessoas no mercado de trabalho. Igor de Barros, 41, é gerente de estilo da Reserva. Há seis anos na empresa, ele é o responsável pela direção criativa da marca, coordenando o time de estilo e inovação.
Igor de Barros destaca que trabalha em um time diverso, barulhento e que provoca a paisagem e neutraliza ações preconceituosas. Ele enxerga que seu papel como parte da comunidade LGBTQIA+ em um cargo de liderança é importante para inspirar outras pessoas e para ter negócios mais diversos. Mas destaca que, apesar de enxergar essa mudança acontecendo no mercado, ainda é preciso melhorar as ações para que mais pessoas alcancem posições estratégicas e de liderança dentro das companhias.
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