Vaccinar planeja investimento de R$ 40 milhões neste ano

Depois de investir no ano passado cerca de R$ 50 milhões, a Vaccinar, empresa de nutrição animal com sede em Belo Horizonte, prevê novo aporte de, pelo menos, R$ 40 milhões neste exercício. Os recursos estão sendo destinados à adequação e ampliação das unidades fabris, em vistas ao aumento de capacidade produtiva de rações, premixes, núcleos, concentrados, gorduras e aditivos.
Neste processo, as sete unidades localizadas nos estados de Minas Gerais, Paraná, Piauí e Tocantins receberam investimentos e uma nova unidade está sendo construída em Goianira, no estado de Goiás. Já em 2021, a empresa teve um ganho de 52% em volume de produção, enquanto o faturamento avançou em mais de 40%, sempre na comparação com o ano anterior.
“Vimos registrando um crescimento bastante acelerado nos últimos três anos. A pandemia (de Covid-19) acabou sendo um fator de fomento ainda maior ao agronegócio e estávamos prontos para atender a demanda. Vislumbrando novas oportunidades, iniciamos uma série de adequações e expansões em nossas operações e, já no ano passado, produzimos mais de 400 mil toneladas”, destaca o CEO da Vaccinar, Nelson Lopes.
No decorrer do ano passado, destacaram-se os investimentos em pesquisas, novas tecnologias e em infraestrutura, e a inauguração da sétima unidade produtiva e o sexto Centro de Distribuição (CD), ambos localizados em Araguaína, considerada a capital econômica do Tocantins. As novas instalações são focadas no segmento de bovinos de corte e são estratégicas para os negócios da empresa, uma vez que fortalecem o relacionamento com os clientes da região.
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Para 2022, os esforços e aportes estão concentrados na construção da nova fábrica em Goiás, mediante aporte de R$ 20 milhões. Prevista para entrar em operação no próximo ano, toda infraestrutura básica no terreno já foi realizada. Além disso, há outros R$ 20 milhões sendo direcionados à expansão de todas as principais plantas da Vaccinar: Toledo (PR), Bom Despacho (MG), Martinho Campos (MG) e Pinhais (PR).
“Mesmo com os investimentos realizados no ano passado, ainda temos várias fábricas operando no limite de capacidade de produção. Com as adequações deste exercício, nossa capacidade produtiva vai chegar a 686 mil toneladas/ano”, revela.
A Vaccinar é especializada em nutrição animal e está há 40 anos no mercado. É uma das top5 do setor, atende mais de 5.700 clientes em todas as regiões do Brasil e é praticamente líder em alguns segmentos. Para dar conta do amplo portfólio, as sete fábricas hoje existentes possuem 19 diferentes linhas de produção, divididas entre aves, suínos, ruminantes, pet e aquáticos.
Juntas, as áreas de suínos, ruminantes e aves somam 85% do portfólio. Neste caso, são produzidos os microingredientes para a alimentação dos animais nas próprias propriedades. Já os segmentos de pet e aquáticos são atendidos via fábricas de rações e respondem pelo restante (15%).
“Ao todo são cinco linhas principais de nutrição. Importamos vitaminas, aminoácidos e minerais, produzimos os microingredientes para que se produza a ração comercial, por meio da adição de milho ou proteína a soja – ou seja, os macroingredientes”, explica.
Além das sete fábricas no Brasil e da oitava que se encontra em construção, a Vaccinar também conta com uma sucursal no Paraguai, onde é líder no segmento. Exporta para o México, Bolívia e Uruguai. Mas, segundo o executivo, o foco das operações é mesmo o Brasil.
“Embarcamos menos de 2% da nossa produção. O grande mercado é o Brasil, o país é um dos líderes mundiais em grande parte dos segmentos do agronegócio e está em uma situação ímpar, mesmo com uma demanda reprimida por falta de recursos da população e de políticas independentes. Estamos conseguindo romper barreiras e há forte demanda para exportação de proteínas. Por isso, estamos muito otimistas com 2022, mesmo vindo de dois anos de forte crescimento e esperamos avançar acima de 20% também neste ano”, conclui.
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