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Vendas de bebidas crescem 30% no final de ano

Calor, férias e festividades no final de ano impulsionam venda de bebidas; expectativa do SindBebidas-MG é crescer 9% no próximo ano
Vendas de bebidas crescem 30% no final de ano
A cerveja artesanal mineira elevou o patamar da bebida no País, hoje o Estado é difundido como a ‘Bélgica brasileira’ | Crédito: Adobe Stock

Impulsionado pelo forte calor, período de férias para muitas pessoas e festas de Natal e Réveillon, o setor de bebidas alcoólicas e não alcoólicas estima aumento de 30% nas vendas no final de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. A expectativa do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas-MG) é crescer 9% em 2024. A demanda este ano vai começar aquecida com a chegada do Carnaval.

O presidente do SindBebidas-MG, Mário Marques, conta que a previsão do setor é que o consumo de todo tipo de bebida aumente em Minas Gerais, o qual considera como o “berço das bebidas”. A indústria tem conseguido manter esse patamar de crescimento no pós-pandemia. O Estado tem sido uma referência nacional em bebidas alcoólicas destiladas e fermentadas.

“Minas é muito conhecida como o berço da cachaça brasileira, artesanal. E as nossas cachaças hoje estão sendo difundidas no Brasil inteiro, inclusive no exterior, crescendo bastante ainda. Nós tivemos o berço da cerveja artesanal também, sendo difundido como a ‘Bélgica brasileira’, que também faz um papel fundamental no crescimento da cerveja artesanal no Brasil. E agora o gin, fazendo um belo trabalho de produção, divulgação e comercialização, também produzido em Minas Gerais”, declara Marques.

O presidente da entidade destaca que o próximo alvo no radar da indústria mineira é a bebida feita a partir da uva. A produção de vinho em terras mineiras tem ganhado cada vez mais qualidade e atraído investimentos do setor. O produto é também importante para o mercado por conta das festividades do final de ano. “Minas Gerais também vai ser a próxima bola da vez. Isso está trazendo para nós um novo produto aqui para o Brasil, já muito conhecido no exterior, no Chile, na Argentina, na Europa, e vai sair um novo vinho, bem diferenciado, com características que a gente jamais esperava que poderiam sair aqui no Brasil”, disse.

Demanda por bebidas alcoólicas e não alcoólicas este ano vai começar aquecida com a chegada do Carnaval | Crédito: Adobe Stock

Depois do final de ano, taxação vai encarecer bebidas

A partir do dia 1º de janeiro, o imposto extra para supérfluos adicionará uma alíquota de 2% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para cigarros, bebidas alcoólicas, energéticos, alimentos para atletas, rações para animais, eletrônicos e uma série de outros produtos. A taxação foi proposta este ano pelo governador Romeu Zema (Novo) e aprovada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), sob críticas de diversos setores da economia.

Mário Marques afirma que o aumento de impostos afetará o setor e o sindicato busca amenizar a situação junto ao governo de Minas. “A gente já está trabalhando com o governo para amenizar um pouco mais, principalmente na cerveja artesanal, o gin. A cachaça continua isenta, como já era anteriormente na lei anterior. 2% a gente vê como um aumento de quase 6% do consumo do final”, aponta.

Vale lembrar que a reforma tributária, aprovada na Câmara dos Deputados, prevê uma taxação seletiva para produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, apelidada de “imposto do pecado”.

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