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Vendas da Feira Hippie decepcionam às vésperas do Natal

De acordo com dados da Prefeitura de Belo Horizonte, a feira recebe, em média, 60 mil visitantes a cada domingo
Vendas da Feira Hippie decepcionam às vésperas do Natal
Mesmo com mais gente circulando, o “efeito sacola” não foi sentido como o esperado dia 18 | Crédito: Luciana Montes

Nem mesmo o horário estendido em uma hora não foi suficiente para alavancar os resultados dos expositores da Feira de Artes, Artesanato e Variedades de Belo Horizonte – a famosa Feira Hippie – na avenida Afonso Pena, no último domingo antes do Natal.

Mesmo com mais gente circulando, o “efeito sacola” não foi sentido como o esperado em dezembro e o motivo parece óbvio, ainda que não existam dados oficiais: a inflação.

De acordo com o expositor de artes plásticas, Gutty Pianetti – responsável pela página da feira no Facebook, para ele e muitos colegas as vendas foram decepcionantes.

“Não temos dados de pesquisas, mas observando o movimento e conversando com as pessoas, posso afirmar que os resultados ficaram muito abaixo do esperado. Tinha muita gente andando pela feira, mas as sacolas e mochilas não estavam cheias”, avalia Pianetti.

Artista plástico conhecido e militante, ele reclama que as vendas já não vinham bem mesmo antes e que falta um trabalho de capacitação dos expositores e um esforço de divulgação e fiscalização sobre o espaço que é um verdadeiro símbolo da cidade.

“No geral as vendas não estão boas. No último domingo melhorou um pouco, mas não foi ‘aquela’ venda de final de ano. Antes, em novembro, também não tivemos a visita de lojistas do interior. A insegurança política, as chuvas e o fechamento de rodovias atrapalharam bastante. A feira é um dos equipamentos turísticos mais importantes de Minas Gerais e não existe um olhar para o potencial econômico que temos. A cadeia produtiva da Feira é gigantesca, mas não existe por parte da Prefeitura uma preocupação de mostrar a Feira de forma relevante. Falta estratégia e fiscalização. Tem muito produto industrializado fazendo concorrência com os artesãos”, reclama o artista plástico.

De acordo com dados da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a feira recebe, em média, 60 mil visitantes a cada domingo. O espaço é dividido em 16 setores, incluindo áreas de alimentação, e conta com cerca de 1.800 expositores.

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