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Vida Veg amplia fábrica no Sul de Minas

Empresa especializada em produtos com base 100% vegetal acaba de investir R$ 10 milhões na planta de Lavras
Vida Veg amplia fábrica no Sul de Minas
Aporte permitiu aumentar em três vezes o espaço físico da planta de Lavras, chegando a 3 mil m² | Crédito: DIVULGAÇÃO / Vida Veg

A Vida Veg acaba de investir R$ 10 milhões na expansão de sua fábrica, localizada em Lavras, no Sul de Minas Gerais. Especializada em produtos veganos ou 100% a base vegetal, a empresa vislumbra um crescimento robusto para os próximos anos, dada a tendência de aumento do consumo de itens que aliem nutrição saudável, sabor e sustentabilidade.

O aporte permitiu aumentar em três vezes o espaço físico da planta industrial, chegando a 3 mil metros quadrados de área construída, e em cinco a capacidade de produção. Esta última saiu de cerca de 200 toneladas/mês para mil toneladas mensais. A expectativa, de acordo com o fundador e diretor comercial da Vida Veg, Álvaro Gazolla, é que a capacidade plena seja atingida novamente dentro de três anos.

“Temos crescido muito ano a ano. Para se ter uma ideia, apuramos 92% de aumento no ano passado e, no primeiro semestre deste ano, avançamos em 75%. Isso é reflexo da demanda e da nossa penetração de mercado. Porém, a fábrica precisa estar estruturada. E a expansão precisa ocorrer com antecedência, porque o tempo de investimento em tecnologia e aprimoramento de processos para absorver o crescimento comercial e de produtos é lento”, explica.

Assim, a companhia terá uma ociosidade fabril de 800 toneladas neste primeiro momento, mas, diante da elevada demanda por produtos a base vegetal esperada, isso deverá ser ocupado nos próximos três anos.

Empresa lidera setor de alimentos 100% de base vegetal no País

O investimento também é um importante passo para ampliar a liderança da Vida Veg na categoria de produtos 100% de base vegetal no Brasil. A empresa está presente em todo o País com mais de 6 mil pontos de venda e conta com mais de 40 produtos no portfólio, voltados para o food service e varejo nacional.

O Sudeste concentra 50% das vendas. Já quando considerados os estados, São Paulo é o principal mercado consumidor. Mas tamanha aposta na demanda pelos chamados produtos fresh plant based mundo afora, que as estratégias dos próximos anos incluem uma área de exportação.

“Estados Unidos e Europa já estão muito avançados nesse segmento e acreditamos que o futuro da alimentação é o fresh plant based. A população tende a caminhar cada vez mais para um consumo vegetariano sem extremismo, com forte redução do consumo de itens de origem animal”, afirma.

Dessa maneira, conforme o executivo, a ideia é entrar nesses países, até porque, “poucas marcas lá fora possuem um portfólio tão completo como o da Vida Veg”.

“Quando olhamos para o mercado internacional vemos a competitividade dos nossos produtos, especialmente, em termos de sabor. Temos grande potencial e no próximo ano vamos começar a explorá-lo”, adiantou.

Sabor, nutrição e meio ambiente

Neste sentido, Gazolla reforça a preocupação da empresa em priorizar a combinação de um produto saboroso e saudável. E também ambientalmente responsável. Nesse sentido, ele explica que os produtos naturais têm uma pegada de carbono entre 70% e 80% menor aos alternativos lácteos, por exemplo, o que gera um impacto ambiental menor.

“É um movimento de escolha inteligente. Se a pessoa quer ajudar o ambiente, ela consegue fazer isso também por meio da alimentação, optando por produtos de base vegetal”, diz.

MM2032

Sob esta perspectiva, vale dizer que a atuação da empresa se alinha aos preceitos do Movimento Minas 2032 (MM 2032) – pela transformação global -, liderado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO. A iniciativa propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

E ainda neste contexto, a expansão da unidade em Lavras também prezou pela sustentabilidade. “Um dos nossos focos foi reduzir os impactos ambientais, investindo em equipamentos que consomem menos água e energia. Na câmara fria, por exemplo, adotamos uma tecnologia de isolamento que diminui a perda de energia. Também investimos em telhas translúcidas na fábrica, de forma que hoje não é necessário acender luz em nenhum local durante o dia. Fazemos ainda a captação da água da chuva, usada para limpar o pátio, evitando o gasto de água tirada da natureza”, conclui.

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