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Vida Veg expande fábrica e projeta faturar R$ 300 milhões em 2028

Os aportes de R$ 10 milhões permitiram triplicar o espaço e quintuplicar a capacidade mensal de produção; expectativa da empresa é alcançar R$ 300 milhões em faturamento até 2028
Vida Veg expande fábrica e projeta faturar R$ 300 milhões em 2028
O fundador da Vida Veg, Álvaro Gazolla, diz que até 2028 a empresa deve chegar na sua capacidade máxima de produção | Foto: Divulgação Vida Veg

Com o propósito de facilitar o acesso da população aos alimentos vegetais de qualidade e aproveitar o mercado crescente, a Vida Veg ampliou a capacidade produtiva da fábrica de Lavras, no Sul de Minas. Ao todo foram aportados R$ 10 milhões, o que permitiu triplicar o espaço e quintuplicar a capacidade mensal de produção. Com um mercado em crescimento, a empresa, que nos últimos dois anos expandiu em 40% o faturamento, pretende, até 2028, faturar R$ 300 milhões. O valor é três vezes projetado para 2025, que é de R$ 100 milhões.

O fundador e diretor comercial da Vida Veg, Álvaro Gazolla, explica que a ampliação da fábrica permitirá um aumento expressivo da produção ao longo dos próximos anos. 

“No final de 2024, investimos R$ 10 milhões na ampliação da fábrica. Com o valor, triplicamos o espaço e aumentamos em cinco vezes a capacidade de produção mensal. Nossa capacidade passou de 220 toneladas por mês para até 1.000 toneladas por mês. Atualmente a produção se aproxima das 300 toneladas por mês e a expectativa é que até 2028 alcançaremos a capacidade máxima”, conta. 

Ainda conforme Gazolla, a ampliação da fábrica tem como principal objetivo ampliar a produção da linha de bebidas vegetais que não necessitam de refrigeração. A facilidade de armazenamento e de transporte são diferenciais que permitirão a expansão dos pontos de venda em regiões ainda não atendidas pela empresa.  

“Queremos aumentar a representatividade da linha de bebidas vegetais na receita da Vida Veg, passando dos atuais 1% para 10% já em 2025. Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas dos produtos cresceram 60% e a meta é alcançar a liderança do mercado de bebidas vegetais”, diz. 

Mercado para produtos da Vida Veg é crescente

O foco na linha de bebidas vegetais se deve ao mercado promissor. De acordo com dados da Scanntech, plataforma que coleta e analisa dados do varejo e da indústria, o consumo nacional de bebidas vegetais aumentou 22% em 2024 e encerrou o ano com um faturamento aproximado de R$ 450 milhões. Já a previsão da Euromonitor, empresa de pesquisa de mercados globais, é que as vendas da bebida no Brasil devem alcançar R$ 1 bilhão até 2029.

Segundo Gazolla a demanda crescente pelas bebidas vegetais se deve ao produto ser uma alternativa ao leite de vaca para atender consumidores que possuem restrições alimentares, veganos ou para aqueles que buscam opções mais saudáveis. Assim como visto nas bebidas vegetais, a demanda pelos produtos da Viga Veg é crescente. Para 2025, as vendas dos produtos da empresa  devem crescer cerca de 30% frente a 2024. 

“Temos um novo perfil de consumidores que buscam alimentos à base de plantas, mais naturais e saudáveis para manutenção da saúde e pela maior conscientização ambiental. Então, o nosso objetivo é ampliar o acesso dessas pessoas aos alimentos e bebidas vegetais. Exemplo disso, é que a Vida Veg se tornou a primeira fornecedora plant-based para a marca própria Carrefour. Após passar por um rigoroso processo de auditorias, levamos para as prateleiras a muçarela de castanha de caju fatiada, o creme de castanha de caju tradicional e o creme de castanha de caju e ervas finas”, conta. 

Outro setor que está em crescimento é o de alimentação fora de casa, juntamente com o aumento da necessidade de consumo da categoria plant-based. “A Vida Veg também atende o food service, com uma linha de produtos específicos para restaurantes, padarias, entre outros estabelecimentos que fabricam alimentos prontos para consumo”, observa. 

Desafio

Apesar da expansão, o mercado para os produtos de origem vegetal como os produzidos pela Vida Veg ainda enfrenta dificuldades. “Um dos desafios para ampliar o acesso é que, aqui no Brasil, os alimentos de origem vegetal têm em média 35% mais impostos que os de origem animal. Já nos Estados Unidos e em alguns países da Europa a tributação é igual, assim, o consumidor pode decidir sem a barreira do preço”, destaca Gazolla.

O portfólio da Vida Veg é composto por 48 produtos sendo os campeões de vendas a queijos muçarela (fatiado e barra), a manteiga, o requeijão tradicional e a mousse de chocolate. Este ano, foram lançados o IogVeg Zero, o Shake Nutritivo Kids, a nova linha Homus Sabores e a proteína culinária vegetal.

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