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Volume de pregões volta a subir no Estado

Volume de pregões volta a subir no Estado
Foi observada a entrada de novos clientes no mercado de leilões, afirmou Gustavo Oliveira | Crédito: DIVULGAÇÃO/Sindilei-MG

Assim como muitos setores, a atividade de leilões em Minas Gerais também foi afetada pelo novo coronavírus. O volume de pregões chegou a cair pela metade no início da pandemia, mas a modernização, que já vinha ocorrendo nos últimos anos, com investimentos em canais e plataformas digitais, impulsionou a retomada do setor, que já tem registrado incremento de 20% sobre a mesma época do ano passado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Leiloeiros de Minas Gerais (Sindilei-MG), Gustavo Costa Aguiar Oliveira, mesmo diante do cenário adverso, foi observada a entrada de novos clientes no mercado de leilões.

“Este movimento nos surpreendeu, porque nos primeiros meses observamos uma queda forte na demanda, de até 60%. Mas graças às transformações digitais que já vinham ocorrendo, atraímos novos compradores, pessoas que não conheciam a modalidade de venda e, nos últimos meses, começaram a estudar e a entender melhor o setor”, explicou.

Isso, conforme ele, atrelado a uma atuação ativa nas redes sociais e na internet, sobretudo, em atendimento. “Não adianta estar apenas on-line, o atendimento ao cliente desde o início do processo, até a retirada do bem, tem feito toda a diferença”, completou.

Ainda segundo Oliveira, veículos e imóveis foram os bens mais vendidos nos últimos meses. Em seguida, apareceram móveis, máquinas e equipamentos. Sobre o movimento do mercado, ele disse que possivelmente houve influência também dos juros baixos, uma vez que alguns bens, como imóveis, tornaram-se opções mais rentáveis para se investir.

Otimista quanto ao mundo pós-pandemia, o presidente do Sindilei-MG ressaltou que as expectativas são de crescimento para o setor quando tudo estiver normalizado. Já neste exercício, conforme ele, deverá ser mantida a taxa de 20% sobre o ano anterior.

“O leilão simultâneo, que é aquele realizado para o público presente com transmissão pela internet, modalidade que realizávamos com maior frequência, voltará a acontecer em breve e o leilão eletrônico, que ganhou espaço na pandemia, também terá um espaço muito importante. Quando o nosso novo público conhecer esse tipo de leilão, onde o atendimento personalizado é o grande diferencial, acredito que o setor ficará ainda mais fortalecido”, afirmou.

Em 2019, o setor movimentou R$ 800 milhões em Minas Gerais e realizou cerca de 3,2 mil leilões, totalizando 70 mil veículos leiloados no Estado, por exemplo. Esses dados correspondem ao somatório de leilões de veículos de bancos, de seguradoras e de frotas da administração pública (prefeituras).

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