Mercado mineiro está no foco da Warren Investimentos

Criada em Porto Alegre (RS) para aplicar no Brasil o modelo de investimentos por objetivo, utilizado pelos super-ricos no exterior, a Warren Investimentos desembarca em Belo Horizonte por meio da aquisição da carteira de clientes da Amaril Franklin Corretora.
Com o negócio a Warren abre seu primeiro escritório físico no Estado já com 1.200 clientes. O objetivo, segundo o CEO da Warren, Tito Gusmão, é fechar o ano com 5 mil clientes e R$ 1 bilhão em investimentos em Minas .
“Oferecemos uma experiência que é completa para o momento de vida de cada investidor. Inauguramos a era da corretora que presta serviço e não simplesmente vende um conjunto de produtos. Bancos e corretoras tradicionais vendem produtos monomarca ou multimarcas, mas a remuneração vem da venda desses produtos, portanto eles oferecem o que é melhor para eles e não para o investidor, necessariamente. Nós ganhamos sobre a administração do patrimônio, portanto a nossa remuneração é maior se o nosso cliente investir melhor”, explica Gusmão.
A aquisição da carteira permite que a empresa se instale com uma equipe já capacitada e entendedora do perfil do investidor mineiro. Outras cidades mineiras estão na mira da plataforma para receber escritórios físicos no longo prazo. O objetivo, por enquanto, é atender todo o Estado a partir da base da Capital. O foco da Warren Investimentos são pessoas com capacidade de investimento entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões.
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“Minas é o segundo maior estado em termos de população, BH é a quarta cidade mais rica, então fazia sentido total a gente, em algum momento, ficar a bandeirinha em Belo Horizonte”, diz.

Para o CEO, existe uma semelhança cultural entre gaúchos e mineiros, que é a desconfiança. “E, por mais que sejamos regulamentados e fiscalizados por órgãos como o Banco Central, CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), por exemplo, os mineiros são clientes que querem olhar nos olhos. Então ao invés da gente mandar uma equipe de fora, além de adquirir a carteira vamos ganhar tempo com uma equipe já formada. Já existe uma conexão com os clientes, já falam o mineirês”, pontua.
Mas para suportar a expansão, a empresa – que está há sete anos no mercado – deve aumentar a equipe e enfrentar um dos desafios mais difíceis de empresas de diferentes setores: a escassez de mão de obra.
“Desde a fundação, a empresa é baseada em trazer pessoas que querem se desenvolver, qualificar essas pessoas aqui dentro e recompensá-las muito bem, muitas são transformadas em sócios. Acho que estamos cumprindo bem a missão de trazer gente alinhada com a nossa cultura e que quer ser um vetor de transformação da indústria. Investimos em capacitação interna, então a gente tem um time de gente aqui super bacana que traz a pessoa alinhada à cultura, dá as ferramentas e dá muita capacitação interna”, avalia o CEO da Warren Investimentos.
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